Victor Tavares
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Laíse Novaes (RJ)
(Método de Taquigrafia Gregg)

A taquigrafia surgiu em minha vida quando criança. Minha mãe costumava escrever bilhetes em taquigrafia e afixá-los na porta da geladeira para se lembrar de futuros compromissos ou atividades a serem feitas. Sempre achei aquela linguagem um enigma, uma incógnita. Soube que meu avô era também um amante da taquigrafia. Ele dizia a minha mãe que aprendesse esta tão fascinante linguagem, porque com certeza ainda lhe seria muito útil. Infelizmente não conheci meu avô, mas minha mãe seguiu seus ensinamentos. Foi quando no fim de minha universidade, minha mãe foi aprovada no concurso público para todos os tribunais para os quais tinha prestado prova. Foi uma felicidade geral na família. Comecei, a partir daí, a me interessar em aprender tal linguagem. Aos poucos, fui aprendendo o método taquigráfico, lentamente, pois ainda me restava concluir o 3o grau. Foi quando, entre um concurso e outro de Direito, resolvi estudar a taquigrafia mais intensamente e percebi o quanto realmente essa linguagem é fascinante. É como se fosse um desafio, como se a própria taquigrafia estivesse ali me desafiando e dizendo: venha, você é bom? Então prove, tente me alcançar. Cada treino e cada repetição irão expressar uma futura vitória.
Tenho notado, há algum tempo, que o taquígrafo pode ser comparado a um atleta. Ambos necessitam de se esforçar, caso contrário, não chegarão aos seus objetivos. Bem como os atletas, os taquígrafos contam tempo em seus treinos, precisam de muita determinação, força de vontade, persistência e dedicação. É necessário um bom preparo físico, não se pode cansar, desistir. O fôlego deve permanecer até o final da corrida. Quando o objetivo é alcançado, deve-se ir cada vez mais longe, dar mais ainda de si mesmo para novas vitórias e conquista de um novo progresso. Ao mesmo tempo em que a calma deve ser mantida, é necessária uma alta carga de adrenalina para impulsionar o taquígrafo-atleta. A concentração é imprescindível para que cada passo, cada rabisco seja feito de maneira segura e confiante, para mais uma linha de chegada, que certamente estará cada vez mais à frente e o bom profissional mais perto de alcançá-la.


Veja o VÍDEO da Laíse taquigrafando

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Cláudia Moreira
Cláudia Moreira (RJ)
(Método de Taquigrafia Maron)

Minha mãe é taquigrafa há mais de 20 anos. A todo momento insistia comigo para que eu aprendesse taquigrafia. E, depois de muito tempo, por insistência dela (e a contragosto), fui aprender os sinais com o professor Waldir Cury.

Quando eu era criança, ela até que tentou me ensinar taquigrafia, mas meu interesse não foi suficiente nem para aprender os primeiros sinais. Sempre tive a impressão de que taquigrafia era coisa muito complicada e difícil.

Já na faculdade, comecei a sentir necessidade de fazer algumas anotações com rapidez para acompanhar as aulas ministradas.

Quando me formei em Direito, minha mãe me avisou de um possível concurso para preenchimento de vagas de taquígrafo na Assembléia Legislativa e na Câmara Municipal, ambas aqui do Rio de Janeiro. A partir daí comecei a me interessar e resolvi, finalmente, estudar taquigrafia.

Nunca imaginei que fosse gostar tanto como estou gostando. O método Maron é de fácil aprendizado, compreensão e leitura, não tendo nada de complicado como eu pensava. Há um ano e três meses venho aprendendo o método e desenvolvendo velocidade. Agora estou acabando de receber meu Certificado de Taquigrafia, Nível Intermediário, depois de ter passado em três provas de 90 palavras por minuto (cinco minutos cada prova).

Vou continuar o estudo metódico da taquigrafia, pois quero atingir velocidades maiores. Hoje posso dizer que EU AMO A TAQUIGRAFIA! Só me arrependo de ter demorado tanto a perceber isso...

Veja o VÍDEO da Cláudia taquigrafando

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Érica Ennes (RJ)
(Método de Taquigrafia Maron)

Primeiramente, olá a todos os que acessarem este cantinho de louvor à Taquigrafia, seja por curiosidade, ou mesmo por compartilharem da admiração que sinto por esta engenhosa arte de escrita rápida, que mais parece “coisa de maluco”. Sim, eu disse “coisa de maluco”, pois a Taquigrafia nos desafia, estimula a nossa mente e nos vicia a tal ponto, que passamos a visualizar seus pequeninos e intrigantes sinais a cada palavra que ouvimos. Eu, inclusive, chego a desenhá-los com os dedos no ar, o que me faz parecer ridícula.

Meu contato inicial com esta “maluquice” ocorreu há aproximadamente oito anos, quando uma conhecida mencionou que seu marido trabalhava como Taquígrafo Revisor, profissão que, até então, eu não imaginava existir. Pois bem, comecei a estudar, mas achei tudo muito esquisito e difícil, certamente por minha falta de maturidade àquela época, bem como por não contar com professor e metodologia ideais. Assim, interrompi meus estudos, somente os retomando há dois anos, quando conheci o professor Waldir, um “maluco de carteirinha”, mas “gente boa”, entusiasta que “respira” Taquigrafia 24 horas por dia, e que acabou por me contaminar com seu vício ao apresentar-me ao método Maron.

Como uma das iniciadas neste grupo de doentes, aprendi a taquigrafar através de uma verdadeira lavagem cerebral: primeiro, os traçados esquisitos correspondiam a uma sílaba; depois, eles se juntavam como palavras, até formarem uma frase completa. Pensei que fosse só isso, mas aí vieram as terminações, os infindáveis taquigramas, o treino de miniaturização... E, como se não houvesse mais nada de pior para acontecer, foi preciso fazer com que mão e cérebro trabalhassem juntos para que se pudesse deslizar em altas velocidades. Taquigrafar é uma loucura, mas vale a pena!

Admito que sinto prazer quando sei que escrevo mais rápido que as pessoas “normais”, que posso escrever coisas que ficarão secretas, somente decifráveis por alguém que não apenas conheça a Taquigrafia, mas que necessariamente saiba o método Maron, que eu utilizo. A taquigrafia realmente me instiga, me desafia a alcançar velocidades cada vez maiores, o que somente se consegue (eu sei, Waldir), com paciência e treinamento constante.

Aos que compartilham da minha loucura, os meus votos de progresso. E aos que queiram juntar-se ao nosso grupo, os meus votos de boas- vindas.

Com afeto, Érica Ennes.

Veja o VÍDEO da Érica taquigrafando.

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Prof. Paulo Xavier
Diretor da Taquibrás (Brasília)
(Método de Taquigrafia Leite Alves)

 

Minha paixão pela taquigrafia é filial. É filial porque, em 1951, minha mãe me recomendou que eu estudasse taquigrafia, depois de haver lido matéria de jornal anunciando a abertura de um curso gratuito. Entre 46 alunos iniciantes, lá estava eu, em Pelotas, com 15 anos de idade, num curso noturno que funcionou em sala cedida por um colégio estadual.
Nosso professor, Mário Peiruque, era um abnegado e fazia parte de uma plêiade de grandes mestres de taquigrafia do Rio Grande do Sul. Porém, um parque de diversões instalado próximo à escola acabou por atrair a atenção dos alunos e, numa noite fria de julho, apenas eu compareci à aula. O prof. Peiruque então me disse: “Daqui por diante você vai pagar por amar a taquigrafia”.
Essa decisão obrigou-me a ter aulas particulares com ele. Para custear meus estudos, empreguei-me como balconista em uma loja de materiais elétricos. Quando não havia fregueses, aproveitava o tempo para, sobre o balcão, fazer exercícios de taquigrafia. Ao final do expediente, sob frio ou temporal, saía correndo ao encontro do que me dava uma imensa satisfação: o treinamento da velocidade taquigráfica. Foi sempre um prazeroso desafio, que ia vencendo com muita persistência e dedicação. Não me contentava em treinar velocidade usando apenas textos parlamentares e jurídicos. Ficava taquigrafando e traduzindo letras musicais, contos e poesias românticas. Sentia um enorme prazer nisso.

Uma segunda fase dessa íntima relação com a taquigrafia ocorreu em 1954, aos 18 anos, quando ingressei numa escola da Força Aérea Brasileira, em Guaratinguetá (SP). Após exame psicotécnico, foi-me recomendada a especialidade de radiotelegrafista de bordo. Portanto, se tivesse seguido a carreira militar, que abandonei por outro amor, também teria me envolvido com escrita simplificada. No alojamento da escola, no intervalo entre o término da aula noturna obrigatória e o toque de silêncio, quando não fugia para namorar, dava aulas de taquigrafia aos meus colegas da FAB.

De volta ao Sul, em 1956, atei laços definitivos com a taquigrafia, e assumi, durante sete anos, a chefia do serviço taquigráfico da Câmara Municipal de Pelotas.

Após esse período, troquei meu domicílio profissional. Mediante aprovação em concurso, trabalhei como taquígrafo (1963-1964) no então Tribunal Federal de Recursos, em Brasília.

O palácio do Congresso Nacional, na Praça dos Três Poderes, é próximo ao do Supremo Tribunal Federal. Em 1965, ainda com afagos e mãos dadas com a taquigrafia, aproximei-me da Câmara dos Deputados, com a qual flertava há algum tempo. Fui classificado em concurso para ingressar nos quadros do STF. Mas minha grande paixão era a taquigrafia parlamentar. Para não traí-la, não ocupei a vaga no Supremo. Nesse mesmo ano, protegido por Cupido, tive o privilégio de fazer concurso e ingressar na Câmara.

Na Câmara, percorri uma longa trajetória (de 1965 a 1991): comecei como taquígrafo de debates e cheguei a diretor do Departamento de Taquigrafia, Revisão e Redação.

Em 1973, com a colaboração de entusiastas, fundei a Associação Brasileira de Taquígrafos (Asbrat), entidade que então recebeu a adesão de 600 profissionais, realizou vários encontros regionais e participou de reuniões internacionais.

No Congresso Nacional, o excesso de trabalho na Constituinte de 1988 acabou por obstruir minhas coronárias. Mas meu coração resistiu e se refez, para que nele eu continuasse cultivando aquele imperecível amor pela taquigrafia.

Um dia após afastar-me da Câmara dos Deputados, atendendo a convite, comecei a colaborar na implantação do Setor de Taquigrafia da Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde fui taquígrafo, revisor, supervisor e professor.

Portanto, permaneci convivendo em plena harmonia com a minha profissão. Não me satisfiz, porém, com um amor solitário. Hoje, após 54 anos do primeiro encontro com a taquigrafia, partilho esse profundo sentimento romântico, formando taquígrafos e professores de taquigrafia no curso de qualificação profissional que fundei há 14 anos em Brasília: a Taquibrás. Atualmente, com matriz e filial, a Taquibrás conta com oito professoras e cerca de quatrocentos alunos de taquigrafia.

Divulgar e ensinar taquigrafia tem sido a razão da minha vida e faço isso em homenagem à memória da minha mãe, com a sublime sensação daquele amor filial.

Quem tem amor pela taquigrafia ama-a por vocação.
Prof. Paulo Xavier

Conheça o site de taquigrafia do Prof. Paulo Xavier:
http://www.taquibras.com.br

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Prof. Waldir Cury (RJ)
(Método de Taquigrafia Maron)

Meu primeiro contato com a taquigrafia foi em casa, na adolescência. Minha irmã, que estudava em colégio de freiras, sabia taquigrafia. Ficava admirado com aqueles rabiscos que ela fazia. Lembro-me também do colégio onde estudei, em São Paulo. Havia um padre alemão, professor, que sabia taquigrafia e os alunos ficavam maravilhados com aquela escrita.

Com 20 anos, matriculei-me num Curso de Datilografia, na Escola Pratt, em Copacabana. Numa das salas havia um Curso de Taquigrafia. Sempre parava um pouco à porta para observar aqueles sinais taquigráficos traçados no quadro-negro pela professora, a Dona Conceição Balallai. Aqueles rabiscos exerciam em mim um verdadeiro fascínio, uma atração mágica irresistível. Descendo as escadas, dizia com os meus botões: um dia ainda vou aprender esses rabisquinhos...Será bom, quem sabe, para eu poder escrever coisas secretas e ninguém compreender. E assim, como um passatempo, resolvi matricular-me no Curso de Taquigrafia da Escola Pratt.

Terminado o aprendizado dos sinais básicos, comecei o treinamento de velocidade taquigráfica. A princípio lá mesmo, na Escola Pratt, depois com aulas particulares na casa da Dona Conceição. Sempre fui um aluno muito estudioso e assíduo. Aulas de treinamento de velocidade duas vezes por semana.

Ao chegar a época de empregar-me, vi que aquela matéria, aprendida como uma brincadeira, poderia servir-me para conseguir uma colocação. Foi lançado, então, o edital para o concurso de taquígrafo da Assembléia Legislativa do ex-Estado da Guanabara. Provas de português, datilografia e taquigrafia. Taquigrafia: dez minutos de 100 palavras por minuto.

E aconteceu um fato interessante: a Escola Remington, conceituada instituição de ensino de datilografia e taquigrafia, estava oferecendo, a todos os interessados, um “teste simulado” de ditado de taquigrafia (10 min. de 100 ppm). Exatamente como iria ser a prova do concurso. Foi o próprio diretor, o Prof. Adhemar Ferreira Lima, quem fez o ditado. Nesse dia tive o privilégio de conhecer aquele verdadeiro ícone da taquigrafia brasileira, o Prof. Adhemar. Uma mesa enorme, com vários candidatos ao concurso. Depois do ditado, o prof. Adhemar pediu que cada um traduzisse um trecho, oralmente. Meu apanhamento taquigráfico e fluência na tradução parecem ter surpreendido a todos. Terminado o “teste simulado”, despedia-me para ir embora, quando o Prof. Adhemar aproximou-se de mim e me cochichou ao ouvido: “meu filho, se você não passar neste concurso, ninguém passa”. Receber um elogio desses de uma autoridade no assunto como o Prof. Adhemar, representou para mim um grito de vitória.
Saí dali espalhando para todos os conhecidos, família, amigos, que eu iria tirar o primeiro lugar no concurso para taquígrafo da Assembléia Legislativa. E foi o que aconteceu (modéstia à parte). Num concurso de 1600 candidatos, coube a mim o primeiro lugar.

Fiz também um exame de suficiência em 1968 e recebi o Registro de Professor de Taquigrafia, concedido pelo Ministério de Educação e Cultura. Tive a honra de ter, como um dos três examinadores, a Professora Wanda Canes Avalli, autora do livro "Teoria e Didática da Estenografia".

Depois de trabalhar 35 anos como taquígrafo da Alerj, os últimos oito anos como taquígrafo-revisor, hoje, aposentado, leciono taquigrafia com aulas particulares.

O meu amor por esta escrita sintética e veloz nunca esmoreceu. Ao contrário, sempre e a cada dia cresce e recresce. Que bom seria se todos soubessem, junto com a escrita comum, a taquigrafia!
Prof. Waldir Cury

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Paulo Luiz Bastos Serejo (Brasília)
( Método de Taquigrafia Maron )

Foi com muita satisfação que, depois de quase 40 anos, navegando pelo site "Taquigrafia em foco", encontrei alguém "que falasse a mesma língua" (ou escrita), pois aqui em Brasília, que eu saiba, sou o único a utilizar o método Maron, que aprendi com a Da. Conceição Balalai, de quem era vizinho, no Leblon, em 1955 - tinha eu 15 anos. No entanto, as aulas duraram apenas seis meses, pois desisti.
Dez anos depois disso, em 1965, resolvi, já funcionário da Câmara dos Deputados desde 1962, preparar-me para o concurso de taquígrafo. Não me havia esquecido dos sinais principais, tendo o costume de com eles fazer anotações de aula etc. E em conversa com os futuros colegas, fiz uma relação das principais expressões e palavras usadas no Parlamento, e eu mesmo criei várias reduções e taquigramas. Preparei os textos para ditado, gravei-os e treinei bastante.
Em 1967 fui aprovado em segundo lugar no concurso para taquígrafo do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, onde exerci a profissão, aposentando-me em 1991, como supervisor.

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Prof. Jório Maia (Método Leite Alves)
João Pessoa - Paraíba


Jório Maia, taquigrafando no Plenário da Assembléia Legislativa da Paraíba


Jório Maia, ministrando aula de taquigrafia , na Escola do Legislativo da Assembléia da Paraíba.

Taquigrafia, Paixão e Razão

Aprendi taquigrafia no Senac-PB, em 1979. O curso foi ministrado pela Professora Ailza Barbosa Leite, taquígrafa (hoje aposentada) da Assembléia Legislativa aqui do meu Estado. O método aplicado na ocasião foi o de Frei Adauto de Palmas. Terminado o curso, consegui com a citada professora, um estágio não remunerado na Assembléia. A partir de então comecei a fazer treinamentos nas galerias daquela Casa Legislativa Lembro-me da grande dificuldade que sentia para acompanhar os oradores, visto que a minha velocidade era apenas cerca de 70 palavras por minuto e eles discursavam em 120, 140... Como resultado, os meus taquigramas ficavam grandes e malfeitos e havia muitas lacunas no meu registro taquigráfico Mesmo assim nunca perdia o entusiasmo pelo treinamento.

Em 1981 fiz especialização, mais uma vez no Senac, com a mesma professora e com alunos advindos de várias turmas de taquigrafia. Colhi, nessa ocasião, os primeiros resultados desta minha dedicação pós-curso, pois em todos exercícios de velocidade obtinha os melhores resultados da turma.

Em 1982, ingressei na Assembléia Legislativa, não como taquígrafo, pois não havia vagas no quadro. No entanto, nunca deixava de usar a taquigrafia, seja para registrar aulas, músicas, seja para tomar notas de pé de página, seja para rascunhar redações etc Enfim, foram nove anos de atividade amadora com a taquigrafia. Não exercia a profissão, mas todas pessoas do meu círculo de convivência me chamavam de taquígrafo.

Em 1988 aconteceu um fato interessante. Com a aposentadoria da professora Ailza, fui indicado para lecionar taquigrafia no SENAC-PB. Relutei muito em aceitar o convite, pois como era muito introvertido ficava imaginando com seria difícil ter que falar na frente de 30 ou 40 pessoas. No entanto, a paixão superou a razão e resolvi assumi o cargo.

Ministrei meu primeiro curso utilizando o método Frei Adauto de Palmas. No entanto, posteriormente, resolvi me aprofundar nos diferentes métodos de taquigrafia. De uma forma autodidata aprendi o Taylor (versão Prevóst-Delaunay) e passei a lecionar por esse sistema.

No ano de 1990, realizava, um grande sonho: conseguia ingressar no Departamento de Taquigrafia da Assembléia Legislativa. Não foi por concurso, mas por indicação. No entanto, o ofício era o mesmo: taquigrafar oradores velozes. Utilizei o método Taylor que se mostrava para mim como mais rápido do que o Frei Adauto de Palmas, mas tinha um padrão de tradução mais difícil. No entanto, após uns dois anos, conseguia ler razoavelmente bem os discursos taquigrafados.

Em 1994, li um livro intitulado “Novo Método de Taquigrafia” do saudoso Dr. Oscar Leite Alves. A tese que o autor apresentava neste compêndio representou para mim um tremendo choque cultural. Perplexo, eu percebi, que estava na contramão taquigráfica, pois utilizava, e o pior, ensinava taquigrafia por um método que, apesar de todo seu sucesso internacional, não era o mais adequado para o nosso idioma. Pois bem, o meu espírito científico (o de sacrifício pela verdade) me impeliu a aprender o Leite Alves. Mais uma vez de forma autodidata e através de livro. Foram precisos uns dois anos para que eu completasse essa minha nova transição metodológica. Foi a fase mais difícil que enfrentei na minha experiência taquigráfica, pois, durante o aprendizado desse novo método, tive que regredir na velocidade taquigráfica, quando já atuava no plenário da Assembléia Legislativa. Confesso que neste período fui mais degravador que taquígrafo.Mas, os anos se passaram e trouxeram a velocidade de volta.

O que posso dizer com certeza é que todo esse sacrifício valeu à pena, pois o método Leite Alves, no meu modesto entendimento, realiza o sonho mais ancestral de todo taquígrafo: utilizar taquigramas pequenos e legíveis no registro dos discursos.

Voltando ao campo didático-pedagógico, ministrei aulas na Assembléia Legislativa, Câmara dos Vereadores, ORSERV, SENAT , Escola do Legislativo e no IESP-Faculdades, no curso de Secretariado Bilíngüe .

Com o advento da Internet aperfeiçoei em muito a minha didática, pois pude entrar em contato com os grandes mestres da taquigrafia brasileira como Paulo Xavier ,Waldir Cury, Eduardo Trevisant. Todos eles, professores nacionalmente conhecidos e que dispensam apresentação.

Quero registrar, em particular, meus agradecimentos ao Paulo, ao Waldir,. Como também à Professora Messias Negreiros, (filha do inesquecível Doutor Oscar Leite Alves) pelo envio de material didático-pedagógico de grande valor teórico e prático e que tem me ajudado bastante na otimização das minhas atividades taquigráficas

Não posso também deixar de mencionar outra grande alegria que tive no campo da taquigrafia: a de ter contribuído, através dos cursos que ministrei, para que alguns alunos obtivessem sucesso nos concursos realizados na minha região. Tenho, hoje, colegas trabalhando no TRF de Pernambuco, TRE Alagoas e Tribunal de Justiça da Paraíba Dei minha contribuição também na formação de novos taquígrafos para a Assembléia Legislativa do meu Estado. A todos eles, os renovados parabéns e votos de sucesso na profissão.

Pois bem, o fato de ter me aventurado a aprender, utilizar e ensinar três métodos taquigráficos tão diferentes entre si, representou para mim um sublime sacrifício e o testemunho maior da minha paixão pela taquigrafia, cujos frutos tive e tenho a satisfação de poder dividir.

Um abraço para toda a comunidade taquigráfica.

Jório Maia

BLOGS do Prof. Jório Maia:
http://www.professorjorio.blogspot.com/
(Curso de Taquigrafia Online - Método Leite Alves)



 

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Everton Felix da SilvaEverton Felix da Silva

Me chamo Everton Felix da Silva, tenho 23 anos, parei no quarto semestre do curso de Farmácia e Bioquímica para estudar para concursos, sou Cabo da Aeronáutica (entrei no serviço obrigatório em 2004 e fiquei até hoje), moro no Guará, cidade satélite de Brasília, conheci a taquigrafia por acaso e estou gostando muito dos estudos, é praticamente um vício!
        Sobre o curso, estou gostando muito mesmo, é uma terapia, não sei explicar, é algo muito bom de estudar, pena que não tenho o tempo que gostaria para me dedicar mais ao curso, pois, como já lhe disse, sou militar e estou estudando para concursos públicos e não posso perder o ritmo enquanto não passar e foi nesses estudos que acabei conhecendo a taquigrafia, no jornal mais popular aqui de Brasília, o Correio Brasiliense, que sempre leio para me atualizar e para ficar por dentro dos concursos.  Havia uma matéria especial sobre concurseiros, mostrando várias pessoas empenhadas nisso como eu, mostrava também, com mais ênfase, uma matéria cujo tema era que não adiantava a pessoa passar em um concurso e ganhar rios de dinheiro se não está fazendo o que gosta e mostrava uma garota que já é servidora pública, mas sonhava em ser taquígrafa da Câmara dos Deputados, que era o mesmo sonho de sua irmã.
 Eu não tinha a mínima idéia do que era taquigrafia, entrei no google, entrei no primeiro site de taquigrafia que apareceu na lista depois que digitei taquigrafia: Taquigrafia em Foco, que além do curso tem toda a história, dúvidas e tudo mais que a pessoa queira saber sobre o assunto.
         Todo o tempo livre que tenho pratico a taquigrafia, imprimo todo o módulo e estudo metodicamente sempre que posso e o levo pra todo lugar.  Quando chego em casa (cerca de 23h) vejo os vídeos para reforçar e dou uma outra olhada em todos os taquigramas anteriores, que na minha opinião é a parte mais difícil de gravar.
        Quanto à didática, é ótima, as lições e os exercício são bem claros, os exercícios que mais gosto são os de frases para taquigrafar, às vezes os estenogramas saem tão rápido e tão bem feitos que você já se sente um taquígrafo, estou ansioso pra chegar logo aos ditados.
        Acho que seria uma boa idéia mais exercícios dos taquigramas, já que eles são mais difíceis de gravar, e mais frases (ou até textos) dos sinais básicos, que acho que aprendo muito com elas, pois é bem legal você aplicar numa frase o que acabou de aprender, sei que é difícil bolar frases ou textos nas primeiras lições por serem só palavras simples, mas fica a minha dica.
Não entendi porque o senhor retirou o cadastro, seria uma ótima idéia para ter um perfil das pessoas que estão iniciando o curso, uma parte com todos os alunos também seria bem legal e entusiasmante, como uma seção onde teria uma lista com todos os alunos e o acompanhamento deles, quem concluiu o curso, quantas palavras está taquigrafando por minuto, para o próprio aluno ir atualizando etc. Não sei se daria certo, mas a idéia de ter o cadastro pra começar é muito boa, já que não custa nada.
        Bom, agradeço mais uma vez por essa oportunidade que abriu para muitas pessoas e especialmente pela atenção inigualável que o senhor está me oferecendo.
Um grande abraço,
Everton Felix

 

 


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