Victor Tavares
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PERGUNTAS FREQÜENTES - I

Prof. Waldir Cury
Prof. Waldir Cury

Há uma série de perguntas que costumo ouvir, quer dos alunos, quer dos que desejam aprender taquigrafia, quer das pessoas que têm apenas curiosidade no assunto. Seguem as perguntas e as respostas. Caso o leitor tenha também dúvida sobre algum ponto, não hesite, escreva-me um e-mail e faça a sua pergunta. Terei o maior prazer em respondê-la.

 

  1. O que é taquigrafia?
  2. Quem inventou a taquigrafia?
  3. Para que serve a taquigrafia?
  4. Qualquer pessoa pode aprender taquigrafia?
  5. Qual a diferença entre "taquigrafia" e "estenografia"?
  6. Uma pessoa de um método pode ler o que outra pessoa de outro método taquigrafou?
  7. Num concurso, a folha taquigrafada também é corrigida? Ou só a tradução?
  8. Qual a velocidade taquigráfica exigida em concursos?
  9. Como é feita a contagem das palavras? Os artigos ("o", "a", "os", "as"), as preposições e palavras de apenas uma sílaba entram também na contagem?
  10. Qual o melhor método de taquigrafia?
  11. Quantas palavras por minuto alguém consegue taquigrafar?
  12. O que é melhor para taquigrafar: bloco com pauta ou sem pauta?
  13. Pode-se aprender taquigrafia sozinho?
  1. A taquigrafia é um sistema de escrita abreviada. Em geral usa sinais tirados da geometria (retas, círculos, pedaços do círculo...). Há sistemas de taquigrafia cujos sinais são tirados das letras comuns. Por ser abreviada, permite grande rapidez. É uma escrita fonética, ou seja, cada sinal taquigráfico refere-se a um determinado som, ou a determinados sons. Serve para o registro simultâneo do que está sendo falado: discursos, palestras, aulas, cursos etc. É de grande utilidade para qualquer pessoa, sem distinção.
    Muito útil para para secretárias, estudantes, professores, escritores, jornalistas, enfim, para todos que precisam fazer anotações rápidas. De grande interesse também para quem queira escrever algo "em segredo", para ninguém entender.

    RESUMINDO:
    - Uma escrita sintética. 
    - Um sistema de escrita baseada em sons (escrita fonética).
    - Um sistema de escrita avançado, que permite grande rapidez.
    - Útil para qualquer pessoa.

Além dessas façanhas, a taquigrafia tem o mérito de exercitar a mente de quem a aprende. Como bem dizem os autores de “Teoria e Didática da Estenografia”, Pedro da Silva Luz e Wanda Canes Avalli, “o estudo da taquigrafia é uma verdadeira escola de disciplina intelectual, de concentração, de atenção, de coordenação, de memória gráfica, glóssica e lógica, de agilidade mental e vivacidade de compreensão."

Veja os diferentes métodos e sistemas de taquigrafia que existem:

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    2. Alguns estudiosos atribuem a invenção da taquigrafia aos hebreus; outros, aos gregos. Mas o primeiro sistema organizado de taquigrafia, como a concebemos hoje, ou seja, uma grafia especial por meio de sinais especiais, e aceito oficialmente pelos historiadores como o primeiro sistema organizado de taquigrafia, foram as "Notas Tironianas", ou "Abreviaturas Tironianas", sinais taquigráficos inventados por "Tiro" (Marco Túlio Tiro), escravo e secretário de Cícero, o grande orador e político romano. Segundo o historiador G. Sarpe, no seu livro "Prolegomena ad Tachygraphiam romanam", publicado em 1829, o primeiro apanhamento estenográfico foi feito por ocasião de um discurso de Cícero contra Verres, no ano de 70 a.C. O segundo apanhamento registrado pela História, segundo Faulmann, foi em 8 de novembro de 63 a.C., por ocasião da segunda Catilinária. Veja o Breve Histórico da Taquigrafia, com detalhes!

Senado Romano
Afresco célebre de C. Maccari, existente no Palazzo Madama, atual sede do Senado da Itália. Representa o antigo Senado Romano com Cícero criticando duramente as atitudes de Catilina, que é visto separado dos outros oradores.

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    3. A taquigrafia é muito útil na vida pessoal, no setor profissional e no ambiente escolar. Veja abaixo.

NA VIDA PESSOAL



· Para fazer anotações rápidas de lembretes, idéias...
· Anotações dos pontos principais, numa aula, num curso, numa palestra, numa conferência...
· Anotações de telefonemas...
· Registro em diário...
· Registro em agendas...
· Anotações durante programas de rádio, televisão (informações importantes, idéias...)
· Resumos de revistas ou livros...
· Troca de correspondência confidencial (com outro taquígrafo)...
· Sumários para estudo de matérias...
· Rascunhos para relatórios, reportagens em jornais, revistas, livros...
· Anotações em reuniões de associações, clubes, grêmios, reuniões de condomínio...
· Anotações nas margens de folhetos, revistas, livros...
· Anotações de assuntos confidenciais...
Etc, etc, etc...

NO SETOR PROFISSIONAL



· Anotações em conversas, em entrevistas, em reuniões...
· Anotações em consultas...
· Anotações durante conversas ao telefone...
· Reunião de material e idéias, sumários, minutas, rascunhos para estudo das matérias...
· Esboços, projetos para elementos (construtivos) de textos...
· Anotação das informações de colaboradores...
· Rascunhos para documentos...
· Registro das perguntas e respostas em entrevistas (entrevistas de apresentação, entrevistas de vendas, etc)...
· Registro do que está sendo dito, para uma tradução simultânea, palavra por palavra (muito útil para repórteres e jornalistas) ...
· Anotações de assuntos confidenciais...
· Nas Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores, registro ao vivo de discursos e debates parlamentares, registro de comissões e depoimentos...Nos Tribunais, registros de discursos, debates, palestras, depoimentos,...
· Anotações para Atas...
Etc, etc, etc...

NO SETOR ESCOLAR



· Fazer anotações durante as aulas, cursos, palestras, conferências...
· Anotar exemplos, palavras e regras do quadro-negro...
· Anotar particularidades referentes ao dever de casa...
· Preparar o próprio relatório, redação, composição, tese, monografia...
· Preparação e resumo das aulas (no caso dos professores)...
· Montar fichas de apontamentos (dicas) para exercícios orais, alocuções, apresentações em público...
· Fazer anotações nas margens dos livros e revistas...
· Fazer anotações como secretário ou moderador em discussões, em grêmios estudantis, em associações...
· Fazer minutas (rascunhos) de trabalhos de grande envergadura...
Etc, etc, etc...

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       4. Sim, qualquer pessoa pode aprender taquigrafia, do mesmo modo que qualquer pessoa pode ser alfabetizada. Até uma criança pode aprender taquigrafia (com didática adequada a crianças). Na verdade, a taquigrafia é uma nova alfabetização. Em certo sentido é até mais fácil aprender taquigrafia do que aprender a grafia comum. A taquigrafia é uma grafia mais condensada (é mais condensada exatamente para poder ser veloz), e os sinais taquigráficos indicam sons. No método Maron, por exemplo, um tracinho horizontal ( — ) é o sinal para o som do "t" (serve para "ta", "te", "ti", "to" e "tu" - o som da vogal já está embutido no tracinho horizontal - e serve tanto para o som da vogal aberta quanto para o som da vogal fechada, o sinal é o mesmo!). Então veja como a taquigrafia é mais fácil para aprender do que a grafia comum:

     GRAFIA COMUM (tá, té, tê, ti, tó, tô, tu)      TAQUIGRAFIA ( — ) 

   Repare que os sinais taquigráficos são bem mais simplificados do que a grafia comum. Enquanto para obter-se os sons "tá, té, tê, ti, tó, tô, e tu" são necessários oito sinais diferentes (t, a, e, i, o, u, ´,^), a taquigrafia precisa apenas de um! Imagine uma criança ter que aprender todas as letras da grafia comum (o alfabeto), juntá-las, para obter os sons diferenciados do "tá, té, tê, ti, tó, tô, tu! A taquigrafia resolve tudo isso com apenas um tracinho horizontal (—)! Lembra-se de quanto tempo você precisou para se alfabetizar na grafia comum? Quantos meses? E para exercer o domínio de escrita e leitura fluente, quantos anos? Um método de taquigrafia pode ser aprendido num período de três a cinco meses, bastando para isso apenas um bom material didático (em que as lições sejam explicadas de modo claro, facilitado, com exercícios objetivos, repetitivos, e, por que não, lúdicos) e bastando, claro, a dedicação e o estudo metódico, diário, regular, daquele que aprende. Uma vez aprendido o método (três a cinco meses), começa-se, então, o treinamento da velocidade taquigráfica..

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            5. Hoje em dia, taquigrafia e estenografia significam a mesma coisa, ou seja, uma escrita abreviada e rápida, com sinais tirados em geral da geometria (partes do círculo, círculo, retas horizontais, verticais, oblíqüas...). Antigamente era costume fazer-se uma distinção: alguém que tivesse uma velocidade de apanhamento até 80 palavras por minuto seria um "estenógrafo"; acima de 80 ppm, seria um "taquígrafo". Etimologicamente há uma cabal diferença entre "estenografia" e "taquigrafia". Veja este texto bem esclarecedor sobre o assunto, extraído do TRATADO DE TAQUIGRAFIA, do Prof. Afonso Maron:
           
  "Se compulsarmos os diferentes tratados que versam sobre a Estenotaquigrafia, notaremos que em todos eles existem profundas divergências não tão somente quanto ao emprego do termo técnico, como também quanto à significação que a ele imprimem.
               Veremos que muitos são os termos e que uns por exemplo empregam o termo Taquigrafia,enquanto outros opinam pelo emprego do vocábulo Estenografia. Se consultarmos a etimologia dessas duas palavras, ora em discussão, veremos que Taquigrafia se origina do grego Takys - depressa e Graphia - escrita, sendo pois Taquigrafia ao pé da letra: - "Escrita depressa". Estenografia vem também do grego Stenos - abreviado e Graphia - escrita, sendo que Estenografia é pois: - "Escrita abreviada". Facilmente se deduz, com as simples luzes da inteligência que esses dois termos são imprecisos, não nos dando o significado exato e perfeito do que seja na realidade a arte-ciência em apreço, porque pode-se muito bem escrever depressa sem ser abreviado e vice-versa.
             Para obviar tais inconvenientes e para criar um termo que melhor exprima a idéia de sua significação, o Prof. Nelson de Souza Oliveira formou com os mesmos prefixos gregos o vocábulo Estenotaquigrafia, isto é, escrever abreviado e depressa, que a nosso ver define com admirável exatidão a arte-ciência de que nos estamos ocupando.
             Em resumo, para que melhor se depreenda a alta significação do termo Estenotaquigrafia, temos:
             Taquigrafia - Escrever depressa
             Estenografia - Escrever abreviado
             Estenotaquigrafia - Escrever depressa e abreviado."

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   6. Não, uma pessoa de um método só consegue ler o que outra pessoa do mesmo método taquigrafou. E às vezes nem isso é possível, caso a outra pessoa tenha deturpado os sinais ou tenha inventado alguns sinais especiais (sinais convencionais) que só ela entende. Nesse caso seria como querer entender "letra de médico". Cada método de taquigrafia é diferente do outro. Embora em geral os métodos (os geométricos) tirem os sinais da geometria (partes do círculo, retas horizontais, retas verticais, oblíquas, etc), cada sinalzinho em cada método tem um valor diferente, um som diferente. Por exemplo, um tracinho horizontal, no método Maron, tem o som do "t". O mesmo sinal, no método Leite Alves tem o som de "ce/ze", no método Duployé tem o som de "d", no Pitman terá o som do "k" e este mesmo sinal, no Pitman, calcado (em negrito), terá o som de "g". Isto só com referência aos sinais básicos. Depois há os sinais iniciais e terminais especiais e ainda os taquigramas (sinais convencionais) que diferem bastante de um método para outro.

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        7. Não, num concurso público a folha taquigrafada não é corrigida. O que é corrigido é o texto traduzido. Eu costumo dizer para os meus alunos que a taquigrafia não é um fim, é um meio. Qual é o fim? É a tradução. E nem seria possível a um examinador corrigir a folha taquigrafada, a menos que fosse do seu método. Mas num concurso há candidatos de vários métodos de taquigrafia. Para um examinador poder corrigir a folha taquigrafada de todos os métodos num concurso seria preciso que ele soubesse muito bem todos os métodos. E mesmo que ele soubesse todos os métodos, ele não iria conseguir interpretar (portanto, não iria poder corrigir) os sinais deturpados de alguns candidatos e muito menos os sinais convencionais inventados e usados por alguns candidatos. De modo que é praticamente impossível um examinador conseguir interpretar e corrigir todos os sinais taquigráficos de todos os métodos de taquigrafia existentes num concurso público.

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        8. A velocidade taquigráfica exigida em concurso vai depender do critério de cada instituição. No Censo Taquigráfico Brasileiro, feito em 2003, para a pergunta "Qual a velocidade exigida na prova técnica de registro taquigráfico?", as respostas (de instituições do Judiciário e do Legislativo no Brasil) variaram. Obtivemos as seguintes velocidades: 60 palavras por minuto, 70, 75, 80, 85, 90, 95, 100, 105, 108, 110, 115, 120. O tempo dos ditados também variaram: ditados de 5 minutos e ditados de 10 minutos. Alguns numa só velocidade, outros em velocidade crescente, por exemplo, cinco minutos de 100 a 110 palavras por minuto. Veja uma relação completa nas páginas 35 e 36 (Perguntas 12 e 13) do Censo 2003.

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        9. A rigor, todas as "palavras" entram na contagem, sem distinção. Cada palavra é contada como uma unidade, não importando quantas sílabas tenha. Assim, para efeito de contagem num ditado de taquigrafia, a palavra "de" é contada como uma palavra, assim como a palavra "incomensuravelmente". Pela lógica, não é um critério de contagem justo, porque o "de" tem apenas uma sílaba, enquanto "incomensuravelmente" tem oito. Na Europa e em outros países fora da Europa é costume a contagem por sílabas, não por palavras. Mas este sistema de contagem por sílabas, embora pareça um critério "justíssimo", não o é. E por que não o é? Pelo seguinte: há, em taquigrafia, o que se chama de "sinais convencionais". Um "sinal convencional" às vezes é apenas um pequeno sinal que vale para uma frase inteira. Por exemplo, a frase "Vossa Excelência me permite um aparte?", muito usada no Legislativo, tem um sinal especial. Mas esta frase, de apenas um sinal especial tem, na verdade, 15 sílabas! Então, serão contadas 15 sílabas, mas na realidade o taquígrafo vai fazer um só sinal taquigráfico. De modo que tanto a contagem por palavras quanto a contagem por sílabas não são - tecnicamente falando - justas. Mas são os dois critérios adotados no mundo inteiro. No Brasil, repito, a contagem é feita por palavras, qualquer palavra é contada como uma palavra, mesmo as de uma sílaba só. Quanto aos números, a contagem costuma ser feita em relação ao que é pronunciado (pois a taquigrafia é um sistema de grafia fonética). Assim, 15, embora tenha dois números (o 1 e o 5), é contado como uma palavra só, porque é assim que é pronunciado: "quinze". O número 2005 é contado como "quatro palavras", (dois-mil-e-cinco).

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          10. Um bom método de taquigrafia é aquele que é "fácil de aprender", "fácil de taquigrafar" e "fácil de traduzir", "que seja o mais condensado possível, quer com o uso de iniciais e terminações especiais, quer com o uso abundante de taquigramas (ou "sinais convencionais"). Enfim, o método ideal de taquigrafia é aquele que propicia ao taquígrafo uma grande fluidez na escrita e na leitura.  Às vezes acontece de um método (ou sistema) de taquigrafia ser inventado por alguém e depois ir sofrendo mudanças, aperfeiçoamentos através dos tempos. Com freqüência, essas mudanças se dão em diferentes lugares, em diferentes países. Se tomarmos, por exemplo, o método Martí, espanhol, veremos que foi adaptado ao português e foi sofrendo mudanças, aperfeiçoamentos. Existem hoje várias versões do Martí. O próprio método Leite Alves, atualmente o mais usado no Brasil, tem várias versões. O método original tem alguns traços grossos, calcados. Mas há uma versão do Leite Alves em que não existem os traços grossos (em negrito). O método que uso, o Maron, que considero ótimo, já sofreu, através dos tempos, muitas mudanças, incluindo um acréscimo significativo de novos sinais convencionais. Conheci excelentes taquígrafos de métodos diferentes.

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          11. No idioma português, a velocidade taquigráfica alcança bem umas 140 palavras por minuto.   Talvez, um taquígrafo experiente, que treine velocidade todos os dias, e se utilize de grande número de sinais convencionais, consiga ir um pouco além. Mas vai depender muito das palavras empregadas num texto, num ditado. No caso de um discurso, de uma palestra, de um curso, vai também depender muito das palavras empregadas pelo orador. Em resumo: a extensão das palavras, a complexidade dos traçados taquigráficos, o ritmo, a cadência daquele que fala, tudo vai influenciar na desenvoltura, na fluência e na velocidade taquigráfica. É importante ainda salientar que o estado de espírito e o estado físico de um taquígrafo também exercem papel fundamental na velocidade taquigráfica.

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         12. Há métodos de taquigrafia em que o uso do bloco pautado é mais conveniente, porque usam a linha como um parâmetro. Um sinal taquigráfico em cima da linha significa uma coisa, cortando a linha significa outra, tem um som diferente. O método que uso, o Maron, não tem esse problema. Não há sinais que cortem a linha. Há, sim, sinais que são colocados na parte de cima e na parte de baixo da pauta. Com o tempo, porém, o taquígrafo experiente vai taquigrafando com uma pauta "imaginária" e taquigrafa facilmente em bloco sem pauta. Aos alunos recomendo que, pelo menos durante o aprendizado, taquigrafem em bloco pautado. Esta medida visa apenas criar reflexos condicionados sobre o exato lugar de cada sinal.

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      13. AUTODIDATISMO EM TAQUIGRAFIA

O ideal é aprender taquigrafia freqüentando um bom curso ou com um professor particular qualificado. Mas existe, sim, a possibilidade de aprender taquigrafia sozinho (autodidatismo), desde que haja um bom material didático. Se uma pessoa, por falta de um professor ou um curso, resolve aprender taquigrafia sozinho, dispõe de um material didático e não consegue aprender uma lição, por exemplo, podemos dizer que aquela lição não está explicada didaticamente, não está clara, está confusa. Por isso é que insisto: com um excelente material didático, é, sim, possível o aprendizado de um método de taquigrafia. É importante, aliás, imprescindível também, que o aluno faça um estudo de modo metódico, diário, disciplinado, dedicado. Hoje aumenta a possibilidade deste autoaprendizado, com os meios tecnológicos que a cada dia são colocados à disposição do ensino, tais como a informática, e-mails, webcam, multimídias, CDs, DVDs, E-learning, ensino à distância, etc. Um ponto importante a considerar num aprendizado é que, na realidade, não é o professor que ensina. É o aluno que se ensina a ele mesmo. O professor é um “mero facilitador da aprendizagem”. E essa facilitação da aprendizagem poderá ser dada por muitos meios, escritos e eletrônicos, filmados ou televisivos, que não seja um professor “ao vivo”. Dúvidas podem ser dirimidas mesmo sem a presença física do professor, desde que se empreguem MEIOS ADEQUADOS, como scanners, e-mails, webcams, MSN, videoconferências,etc. A tecnologia ( que, diga-se de passagem, ainda não foi usada nem em 5% de toda a sua potencialidade) está aí para isso. Veja, por exemplo, dois casos interessantes de autodidatismo em taquigrafia que conheço.

    
  Iº CASO: A professora de português, Izabel Cristina dos Santos, do município de Queimados, no Rio de Janeiro, adquiriu o meu livro (Taquigrafia- Escrita Rápida - método Maron - Um Curso Completo para Iniciantes), estudou sozinha e aprendeu o método integralmente. Posteriormente, adquiriu os kits de velocidade e, sozinha, de modo metódico e persistente, foi avançando no treinamento da velocidade. Hoje já treina ditados de 105 palavras por minuto. Leia o Memorial que ela própria escreveu:


Izabel Cristina dos Santos

MEMORIAL
"Meus primeiros contatos com a taquigrafia não se deram de forma sistemática. Adquiri o livro "Taquigrafia - Escrita Rápida" (Método Maron) do prof. Waldir Cury, com uma taquígrafa da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, há mais ou menos uns três ou quatro anos.
Por questões pessoais, mais especificamente por falta de tempo, não freqüentei aulas ou cursos. Como, porém, desejava participar de concursos para taquígrafos, resolvi, no início de 2002, estudar as lições por conta própria, e assim o fiz. Estudei em casa, nos meus intervalos de trabalho, todas as lições. Realizei as atividades propostas no livro, sem qualquer acompanhamento de professor. Cabe aqui ressaltar que, a cada nova lição, procurava seguir as orientações didáticas contidas no material, trabalhando com as palavras e frases, procurando aprender bem cada sinal taquigráfico.
O ano de 2002 foi particularmente conturbado para mim. Estava grávida do meu segundo bebê e meu pai estava doente. Minha filha nasceu em maio e meu pai faleceu em junho. Devido a toda essa situação de estresse físico e emocional, dei uma longa parada em meus estudos de taquigrafia, só os retomando no final daquele ano. Revisei algumas lições e recomecei o treinamento de frases e pequenos textos, passando, então, ao treinamento assistemático de pequenas velocidades, tendo em vista que acabara de ser anunciado um concurso para taquígrafos do TRF/RJ.
A prova escrita de português foi realizada em janeiro de 2003 e em fevereiro seria a prova prática de taquigrafia, com velocidade de 80 a 90 palavras, em 5 minutos. Não passei. Também não desisti. Por duas ou três semanas, fiquei me perguntando qual seria a maneira mais prática de, a despeito de minha falta de tempo, estudar taquigrafia, ou melhor, treinar a velocidade taquigráfica, sem ter de ausentar-me de casa, sem ter de dispor de 2 ou 3 horas, que na verdade eu não as tinha. Sou professora, e a casa, para mim, é, não raro, extensão do trabalho.
Tendo conseguido o site da Taquibrás com uma amiga, dei uma pesquisada e descobri o telefone do prof. Paulo Xavier. Liguei para ele. Lembro-me, hoje, de que, naquela ocasião, achei engraçado o professor dizer-me que aqui no Rio de Janeiro, em Niterói, havia um professor que era uma sumidade em taquigrafia - o professor Waldir Cury. Pediu-me o prof. Paulo Xavier que lhe deixasse o meu telefone, que ele, então, me colocaria em contado com o referido professor. Confesso que dei a ele o número do meu telefone, meio sem acreditar. Imaginei que, dada a distância, o professor Paulo talvez não se sentisse motivado a dar a assistência solicitada. Mesmo porquê, o professor perguntou sobre o método que eu conhecia e coisas assim...
Passado algum tempo, descobri que me enganara, tal foi a minha surpresa, ao chegar em casa e descobrir que o professor Waldir me havia ligado e deixado o número do seu telefone para que eu pudesse entrar em contato com ele.
Aqui começa, então, uma outra etapa dos meus estudos taquigráficos. Aproveito a oportunidade para deixar registrado um muito obrigada ao professor Paulo Xavier, que tão prestativamente me colocou em contato com a "tal sumidade". Ainda uma vez, e encerrando este parágrafo: obrigada, professor Paulo Xavier!
Liguei para o professor Waldir Cury e acertamos um primeiro contato, ocorrido mais ou menos em abril ou início de maio do ano passado. Nesse encontro, ainda me lembro, o professor pediu-me que taquigrafasse algumas palavras, depois algumas frases, utilizando o método Maron. Assim o fiz. Pediu-me também que lesse alguns textos taquigrafados, que me apresentou. Li-os com fluência.
Concluída essa primeira análise - o professor Waldir fez algumas observações sobre o tamanho e a proximidade dos sinais taquigráficos, leveza das mãos, posicionamento do braço, do corpo, e coisas assim.
Adquiri com o professor um bom material para treinamento de velocidade taquigráfica, como fitas k7 e livros.
Voltei para casa e de então em diante comecei um metódico estudo da velocidade.
Há dois meses, voltei à casa do professor Waldir. Desta feita, aplicou-me um teste de velocidade de 90 palavras por minuto. Saí-me muito bem.
Quero deixar assinalado aqui que, nesses meus estudos a distância e, ao longo do processo, enquanto aluna, o que percebo ter feito significativa diferença foi a questão metodológica. Sim, porque a qualidade do material que tenho em mãos, o seu uso e as orientações que ele traz, se seguidos de forma responsável, resultam não apenas num efetivo aprendizado do método, como também na melhoria e no avanço gradativo da velocidade taquigráfica.
Além desses fatores, tem sido o professor Waldir uma espécie de tutor. Quando eu, vamos dizer, assim, fico presa numa determinada velocidade (o que começou a acontecer a partir das velocidades mais altas, como nas de 80 ppm em diante), o professor tem sempre à mão uma orientação metodológica para me oferecer. Essas orientações têm sido de grande valia, já que, passado algum tempo e adotadas as orientações recebidas - por telefone - as dificuldades vão sendo vencidas.
Desde que adquiri o material para treinamento da velocidade taquigráfica com o professor Waldir, tenho estudado quase que diariamente. E se, por um motivo ou por outro, fico impossibilitada de estudar, sinto enorme falta. Noto que já me acostumei ao estudo constante da taquigrafia, ainda que seja por períodos não muito longos. Normalmente estudo de 40 minutos a uma hora por dia, dificilmente mais do que isso - e, conforme orientações contidas no próprio material didático, procuro estudar de forma constante e persistente, mesmo nas ocasiões em que isso pareça uma enfadonha obrigação.
Dessa forma, fui caminhando no estudo da velocidade taquigráfica: 30, 35, 40, 45, 60, 70...80 palavras por minuto. Foi um longo caminho...Às vezes, estudava e refletia: "Isso é loucura! É impossível!" Chegando na velocidade de 80 ppm, achei que estava no limite, mas teimei. Olhava o gravador e as fitas, e lá ia eu, me achando uma teimosa.
Mas continuo teimando. Na nessa altura da caminhada (ou da subida, melhor dizendo), o que não posso ter, de maneira alguma, é a ousadia e o desrespeito de abrir mão de tudo o que já foi feito, de tudo o que já foi conquistado. Apesar das dificuldades e mesmo por causa delas.
Gosto muito das palavras do professor Waldir, que, falando com a voz da experiência, exorta os alunos à persistência, dizendo, no começo de uma fita, antes de começar um ditado de 90 palavras por minuto:
"Prezado aluno, prezada aluna, você está entrando na velocidade de 90 palavras por minuto. Noventa palavras por minuto é considerada uma etapa muito importante, é considerado um marco. Podemos até dizer que aqui começa a taquigrafia propriamente dita. Continue com o seu entusiasmo, com o seu estudo metódico, com a sua persistência diária. Treine bem as palavras, treine muitas vezes o mesmo ditado. Não tenha pressa. A velocidade taquigráfica vai chegando a pouco e pouco. Procure mastigar bem cada ditado, digeri-lo bem. Quanto mais mastigar, quanto mais treinar o mesmo ditado, as mesmas palavras, melhor. Lembre-se de que o que atrasa a velocidade taquigráfica é a dúvida mental, a hesitação mental. O orador fala, o ouvido capta o som, joga a informação para o cérebro, o cérebro elabora o traçado taquigráfico e depois joga para o sistema nervoso; o sistema nervoso joga a informação para o braço e para a mão. A mão, então, irá traçar no papel o sinal gráfico referente ao som que o ouvido escutou; e todo esse processo de elaboração e escritura dos sinais taquigráficos é feito em velocidades cada vez maiores, na medida em que você vai avançando no seu estudo de taquigrafia. Só a repetição intensiva dos mesmos sinais, das mesmas palavras, das mesmas frases, dos mesmos ditados é que lhe darão a segurança necessária para ir avançando na velocidade. Não desanime se você não conseguir pegar um ditado integralmente; continue treinando o mesmo ditado, vá treinando outros ditados, que a médio e longo prazo você ficará apto a fazê-lo, você ficará proficiente. É tudo questão de tempo e de estudo metódico. Avante, pois! Para a frente!"
Continuo na "briga" com as 90 palavras por minuto. Não tem sido fácil...De vez em quando peço, por telefone, alguns conselhos ao professor Waldir, que mos dá calma e pacientemente. E eu vou insistindo...haverá um momento, quando então houver transposto esta velocidade, (transposto e sedimentado) em que olharei para trás e para baixo e verei, posto em minha escada, mais um degrau, o de número 9. Mas já então deverei me lembrar de olhar para cima e para a frente, para o degrau de número 10.
Acho que é assim que se forma um taquígrafo. Do mesmo modo como se formam os músicos, os atletas: com dedicação, com empenho, com método, mas - acima de tudo - com paixão.
É com grande satisfação que escrevo estas linhas e mais uma vez parece-me oportuno reiterar os mais sinceros agradecimentos a todos que contribuíram neste caminhar, todos, sem exceção. Ao professor Paulo Xavier, pela informação de um professor de taquigrafia aqui no Rio de Janeiro (informação sem a qual talvez hoje eu não estivesse taquigrafando como estou). E ao professor Waldir Cury, profissional competente e gentil, meus cumprimentos e admiração."

Cordialmente
Izabel Cristina dos Santos
E-mail: profebel@ibest.com.br
ou: guibebelas@ibest.com.br
Fone: (021) 3770-3247



Trecho de ditado de resistência, de 10 minutos de 90 ppm a 100 ppm, taquigrafado pela autodidata Isabel Cristina dos Santos. Enviado em 20 de maio de 2005.

Sinais perfeitos, pequenos. Pode-se observar uma ortostenia, ou seja, uma aplicação correta das normas teórico-gráficas do método.

Conseguiu assimilar com profundidade e com esforço próprio, sem nunca ter tido aula presencial com um professor, todas os detalhes do Método Maron de Taquigrafia.

Aprendeu o método integralmente (sinais básicos, terminais, iniciais e sinais convencionais) e logo começou a treinar, de modo metódico, os ditados progressivos de velocidade.

Apaixonada pela taquigrafia e pelo método, foi capaz de criar vários e pertinentes sinais convencionais. Sugeriu até alguns sinais terminais, que, depois de analisados, foram incorporados ao método, como as terminações "rio, ria, rios, rias".

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TOPO

    IIº CASO: Douglas Drumond, Engenheiro de Telecomunicações.

                                                
                                                     
Douglas Drumond


                                                             MEMORIAL
(e-mail enviado em 28/02/2005)
Meu nome é Douglas Drumond, tenho 31 anos de idade, sou Engenheiro de
Telecomunicações, formado pela UFF (Niterói - RJ) e trabalho atualmente numa
grande empresa de telecomunicações. Além da leitura regular de publicações
técnicas em minha área, gosto de ler livros de ficção e romances baseados em
fatos históricos, embora, confesso, não tenha o hábito da leitura diária (eu
ainda chego lá!).

O interesse inicial pela taquigrafia:
Sempre senti a necessidade de registrar com a maior velocidade possível a grande
quantidade de informações, profissionais ou não, que recebo todos os dias, assim
como sinto hoje também a necessidade de otimizar minha leitura, tanto em termos
de velocidade, quanto de compreensão (mas isto é uma outra história).

Esta necessidade ficou ainda mais perceptível quando, há alguns meses, passei a
realizar, na empresa onde trabalho, um tipo de atividade que requer a
habilidade de registrar, interpretar tecnicamente e posteriormente elaborar
documentos que reflitam fielmente todas as particularidades relacionadas a
serviços a serem contratados ou providos pela empresa. Ou seja, quanto maior
for a quantidade de informações que eu puder reter (registrar), mais eficiente e
abrangente será o documento final.

Paralelamente a esta mudança de atividade, tive conhecimento, através de uma
amiga, deste tipo de escrita rápida, a taquigrafia, e percebi que ela poderia
ser uma ferramenta bastante eficiente nesta minha nova realidade profissional.

Um interesse ainda maior:
Também tive a oportunidade de acessar algumas páginas na internet sobre o
assunto, como o http://www.taquigrafos.com.br/ e o site da Taquibrás
(http://www.taquibras.com.br/).

Nestes sites, pude perceber que o estudo da taquigrafia não envolve somente o
registro de textos de forma rápida (taquigrafia = escrita rápida); há uma série
de outros aspectos envolvidos (o que fez crescer o meu interesse inicial) no
estudo da história da taquigrafia, no qual é possível traçar paralelos com
aspectos importantes da própria história da humanidade.

O estudo:
Decidido a iniciar os estudos, adquiri o livro e as fitas cassete do curso do
professor Waldir Cury, e resolvi aprender taquigrafia, utilizando unicamente
este material de estudo.

Por enquanto, ainda estou no estágio básico do estudo da taquigrafia, e ainda
não iniciei os módulos de velocidade. Mesmo assim, já começo a perceber na
prática a rapidez e a concisão deste tipo de escrita (já faço algumas anotações
taquigráficas em certas situações do meu dia-a-dia profissional).

Acho que não há grandes dificuldades em se aprender a taquigrafia, mesmo
estudando individualmente, como estou fazendo. Acho sobretudo que o material do
professor Waldir Cury possui uma didática que proporciona um entendimento rápido
e contínuo do método utilizado, o método Maron.

Desejo muito sucesso a todos que quiserem se dedicar a este prazeroso estudo!


 Teste de aferição feito pelo Douglas Drumond, autodidata. Apenas quatro correções.

Evolução do Douglas. E-mail recebido em 5/7/2005

Caro professor Waldir,

Como vai?

Escrevo apenas para atualizá-lo em relação aos meus estudos. Durante este tempo em que não nos comunicamos, estudei os taquigramas, escrevendo-os várias vezes, de modo que hoje, consigo saber de cor a maioria deles. Entretanto, ainda não estou inteiramente confortável. Ainda preciso de mais um tempo para aprendê-los todos, sem hesitação.
Atualmente, tenho reservado diariamente cerca de 1 hora (no final do expediente) para treinar. Tenho procurado taquigrafar usando espaços pequenos no papel (seguindo orientação divulgada no site).
Também tenho estudado com o auxílio das fitas (ditados), e tenho percebido claramente uma evolução na velocidade e no traçado.
Um grande abraço,
Douglas

 


Evolução do Douglas. E-mail recebido em 18/8/2005


Olá, professor Waldir,

Este é mais um e-mail para atualizá-lo acerca dos meus estudos:
Eu tenho taquigrafado, ou seja, feito cópias de vários discursos da ALERJ (assim que estiver com a Érica lhe envio esses discursos taquigrafados, para análise), e, para os últimos que taquigrafei tenho feito o seguinte: primeiro leio o discurso todo, procurando palavras para as quais haja taquigramas, e as sublinho (estou procurando circular também as terminações especiais); depois escrevo numa folha à parte os taquigramas, simplesmente mantendo a ordem das palavras sublinhadas no texto, para não tornar maçante a atividade; só então, começo a taquigrafar o discurso, procurando memorizar pelo menos uma linha inteira, para treinar minimamente a velocidade (e estou sentido melhoras...).

Nesta atividade, encontrei certas expressões cuja similaridade com taquigramas já existentes me levou ao atrevimento de inventar outros para designá-las.
Escrevi estes taquigramas em uma folha separada, "scaneei" e anexei a este e-mail. Gostaria que você analisasse se podem ser usados, ou se seriam confundidos com outros (eu ainda não fiz confusão com eles...)

Sobre o Orkut, ainda não dei opiniões nas três comunidades de taquigrafia, mas todos os dias entro lá para saber de novidades, etc. Esta nova ferramenta está servindo de mais um elo com a Taquigrafia... Além disso, tenho encontrado amigos antigos, de quem
não tinha notícias há anos. Foi ótimo vc ter comentado sobre o Orkut...

E como se diz no Orkut... Um gde abç tqgráfico!
Douglas


Evolução do Douglas - 20 de agosto de 2005


Ontem, sábado, recebi a visita do Douglas. Conheci-o pessoalmente. Veio para adquirir o primeiro kit de velocidade taquigráfica, composto de 10 fitas k7 e apostila com os ditados e as palavras referentes a cada ditado, para treinar. Este primeiro kit contém ditados de 20 palavras por minuto, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60 ppm.

Aproveitei para fazer com ele um pequeno teste de taquigrafia. Coloquei no gravador uma fita com um ditado de cinco minutos de 20 palavras por minuto. Fiquei observando enquanto taquigrafava. Taquigrafou e leu com facilidade. Assimilou bem a orientação de procurar fazer sinais pequenos. Os sinais estão pequenos e bem feitos. Excelente desempenho para um autodidata!

Clique na figura abaixo e veja em tamanho maior uma das 19 folhas que o Douglas me trouxe, com textos taquigrafados por ele.


Evolução do Douglas - Email recebido em 12 de outubro de 2005.
Olá, Waldir,

Apenas te atualizando sobre meus avanços no treinamento de velocidade
taquigráfica: Estou em 40 ppm, e subindo... (rs, rs) Estou quase nos exercícios
de resistência.
Um forte abraço.

Douglas.


Evolução do Douglas - Email recebido em 3 de novembro de 2005.
Caro Waldir,

Apenas te atualizando sobre meus estudos: ontem cheguei à (supersônica)
velocidade de 50ppm (pg. 84 da apostila).

Sei que ainda falta muito para chegar às velocidades de um taquígrafo
profissional, mas fico cada vez mais motivado a cada etapa de 5ppm que eu
ultrapasso. Você tinha razão: essas pequenas vitórias realmente dão um belo
"gás" ao estudo, tornando-o... desafiador! Estou tão animado, que até respondi
uma pergunta de um internauta no Orkut (forum "Quanto tempo para adquirir
velocidade?" - Autor: Eric).

Estimo que terminarei a apostila em umas 2 ou 3 semanas, e aí gostaria, se não
for incômodo, de passar na sua casa para deixar com você alguns ditados
taquigrafados (pelo menos para você ter uma idéia do formato e do tamanho dos
sinais traçados).

Um velocíssimo abraço taquigráfico (a 55ppm)!

Douglas.

Evolução do Douglas - Email recebido em 25 de janeiro de 2006.


Olá, Waldir,
Apenas para te informar a quantas andam meus estudos: acabo de treinar exaustivamente o ditado "Apertos de mão", da página 18 (5 min / 65 ppm).
Depois de repeti-lo por mais de 10 vezes, consegui, nas três últimas vezes, taquigrafá-lo por inteiro, sem erros, e sem ter de parar a gravação. Tenho feito isto diariamente com os outros ditados também.
Além disso, tenho treinado ditados de velocidades um pouco maiores (5 ppm acima do ditado em que estou) e isto tem realmente aguçado meus reflexos.
Uma coisa que notei, e talvez isto sirva de dica para aquelas horas em que se tem a impressão de que não estamos evoluindo naquele dia, é o seguinte: depois de um extenso período de tempo (uma hora, por exemplo) refazendo um ditado, é importante dar um tempo, durante alguns minutos ( 5 a 10 minutos são o suficiente). Ao voltar e refazer o mesmo ditado, tem-se uma facilidade incrivelmente maior. Isto aconteceu comigo hoje. Parei um pouco, li e-mails,
tomei uma água e... voilá! emplaquei uma série de 3 ditados consecutivos sem erros!
Saudações taquigráficas.
Douglas.


Evolução do Douglas - Email recebido em 7 de março de 2006.

Olá, Waldir,

Escrevo para te atualizar em relação aos meus estudos.

Estou "penando" na velocidade de 70 a 75 ppm, e ao mesmo tempo, fazendo os ditados de resistência de 50 ppm (durante 10, 11, 12 e 13 minutos). Nesta fase de estudo, me sinto como se estivesse nadando, nadando, sem sair do lugar. Com isso, me dei conta de estudar com mais afinco os taquigramas.

Assim, comecei a analisar mais amiúde a apostila de taquigramas, e
(adivinha...), é claro, tenho algumas sugestões a fazer:

1) no taquigrama para "decreto-lei", não seria interessante colocar um ponto antes (isto é, dentro) do "D" taquigráfico?
2) sugiro criar um taquigrama para "estado democrático de direito", expressão muito utilizada no jargão jurídico e político, que poderia ser o mesmo taquigrama usado para "estado democrático", mas com um ponto embaixo;
3) que tal colocarmos um traço abaixo do taquigrama para "imprescindível", para que não se confunda com a palavra "improcedente"?
4) o taquigrama usado para a palavra "ilustrar" poderia também ser usado para"ilustre"...

Saudações taquigráficas.


Evolução do Douglas - Email recebido em 24 de maio de 2006, logo após o recebimento de um acervo de 140 fitas k7, com ditados para treinamento da velocidade taquigráfica, acervo doado pelo prof. Paulo Xavier, diretor da Taquibrás.



Waldir,

Estou usando as fitas que ganhei. São simplesmente fantásticas: contêm discursos parlamentares em várias velocidades. São ótimas
para treinar os taquigramas. Dá até uma vivência em certos jargões
parlamentares...

Estou fazendo ditados de 75 ppm, mas já "forçando" os 80 ppm.

Saudações taquigráficas.




Evolução do Douglas
Outubro de 2007
Vídeo-demonstração: taquigrafando na velocidade de 90 palavras por minuto!

 


Douglas Drumond
Veja VÍDEO!



           VEJA "PERGUNTAS II"!

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