Victor Tavares
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Tania Maron Diaco (RJ)
(Filha de Afonso Maron, criador do Método de Taquigrafia MARON)

Sou filha de Afonso Maron, inventor do Método de Taquigrafia MARON.
É uma satisfação indescritível ver a obra de meu pai levada de uma maneira tão especial, como neste site, ao conhecimento de todos aqueles que se interessam pela Taquigrafia. Vejo este site como uma grande homenagem ao meu pai.
Muito interessantes os depoimentos de amor à taquigrafia, que já figuram neste site. Não poderia eu deixar de me manifestar, contando como entrei no mundo da Taquigrafia.
Cresci vendo a minha mãe dar aulas de Taquigrafia - aprendeu com meu pai, em Salvador, quando eram noivos e ele lecionava na Escola Remington.
Minha mãe, Elza de Almeida Maron, foi professora da Escola Pratt, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ela tinha um caderno com as lições (só a parte prática, tirada do “Tratado de Taquigrafia” de meu pai) e eu, com dez ou onze anos de idade, achava o máximo escrever com aqueles sinais.
Praticamente aprendi sozinha, apenas observando os alunos particulares da mamãe, folheando o caderno de lições e tirando minhas dúvidas com ela e com o meu pai.
Aos 13 ou 14 anos fui aluna da Escola Pratt, para treinamento, e até substituí a minha mãe por alguns dias.
Comecei a treinar, mesmo, no colégio, nos cursos ginasial e clássico, taquigrafando as explicações dos professores. Com as anotações taquigráficas dessas explicações, o estudo ficava muito mais fácil.
Lembro-me de que, ao entrar para a Faculdade, onde fiz Jornalismo, taquigrafava todas as aulas, as traduzia diariamente, organizava as pastas com as várias matérias e estudava apenas pelas anotações taquigráficas traduzidas.
A Taquigrafia foi-me útil em todos os cursinhos e palestras a que assistia, nos rascunhos de cartas, nos trabalhos de pesquisa, na preparação de provas para os meus alunos, nas anotações de tudo aquilo que desejava fosse apenas de meu conhecimento. Era como se eu tivesse um mundo só meu, inviolável.
Somente depois de me aposentar como professora, aos 47 anos, usei a Taquigrafia como profissional, depois de ser aprovada em concurso para a Câmara Municipal.
Sou apaixonada pela Taquigrafia, mais até para uso particular do que profissional. Dei aulas para a minha neta quando ela completou 11 anos; aprendeu rapidamente, porque o método Maron apresenta facilidade no aprendizado, na escrita e na tradução.
Minha mãe era poliglota. Usando o método Maron, taquigrafava em seis idiomas: português, francês, inglês, italiano, espanhol e alemão. Fazia as adaptações necessárias, de acordo com os sons próprios de cada língua e tinha em todas as línguas estrangeiras a mesma velocidade que no Português. Pena que ela, já falecida, não tenha deixado uma obra com essas adaptações!
Um fato interessante a respeito do meu pai, Afonso Maron, é que, tendo feito o curso de Taquigrafia, em Salvador, com o Professor Nelson de Souza Oliveira, com apenas 17 anos de idade defendeu tese para obter o diploma. Essa tese foi publicada e eu possuo um exemplar.
Depois da defesa da tese, meu pai, grande entusiasta da escrita veloz, pesquisou vários métodos de taquigrafia e resolveu criar um método próprio para os sons da língua portuguesa. Escreveu, então, o seu “Tratado de Taquigrafia” - cujo original também possuo – que é, como disse o Waldir Cury, “uma verdadeira obra-prima, um trabalho minucioso em história, teoria e aplicação dessa teoria à língua portuguesa”.
Ao ler os depoimentos que se encontram neste site, juntei-me aos depoentes na paixão pela Taquigrafia. E, mais do que nunca , senti um imenso orgulho do meu pai, pela maravilhosa obra que deixou. Foi uma satisfação enorme ter conhecido o Waldir Cury, o maior responsável pela divulgação do método Maron. Um agradecimento especial para a profª Deborah, que vem ensinando o Método Maron a tantos alunos.
Um abraço para todos os taquígrafos e para todos os que visitam este site!

Rio, 19 de setembro de 2005

Tania Maron Diaco

 

 



Roberta Moraes
Estudante de taquigrafia (método Maron).


Meu nome é Roberta, tenho 36 anos, moro na cidade de Niterói e tenho uma linda família. Marcos - meu marido, Pedro - sete anos - nosso primogênito, e Ana Carolina - dois anos - nossa princesinha.
No inicio, a taquigrafia me intrigava. "Como podem rabiscos, que não me dizem nada, dizerem tantas coisas?"  Depois me interessei. "Que legal, conseguir escrever tantas coisas com poucos rabiscos". A cada etapa vencida, uma etapa nova ainda mais desafiadora. E hoje a taquigrafia me faz feliz. Fico feliz ao ver que estou dando aos meus filhos um exemplo de dedicação, perseverança, superação de obstáculos, de conquistas e vitórias. Fico feliz com as demonstrações de orgulho e de alegria de meu marido, ao ver  minha dedicação e minhas conquistas. Finalmente, fico feliz com a minha capacidade de aprender uma "linguagem nova", de ser mulher, mãe e dona de casa.
A primeira pessoa que falou sobre taquigrafia comigo foi o meu marido, em agosto de 2008. Ele trabalha na Alerj e um dia, em uma conversa descontraída, me falou sobre o belo trabalho realizado pelos taquígrafos da Alerj.  Então perguntei - "Mas o que é taquigrafia?" e ele me respondeu que era uma maneira rápida de fazer as anotações em plenário. Achei bem interessante, e, então, entrei neste fantástico mundo da internet e pesquisei "taquigrafia" e lá apareceu, encabeçando a lista da página de pesquisa, o site do professor Waldir. Entrei no site e lá me "hospedei" por vários dias, lendo, conhecendo e me apaixonado pela taquigrafia.
Dei início ao curso disponibilizado no site, mas, confesso, tive muitas dúvidas  Então pedi ao meu marido que procurasse alguém que pudesse me esclarecer algumas dúvidas. Foi quando tive o prazer de conhecer a professora Deborah Botelho, que com muito carinho me falou sobre a taquigrafia e me incentivou a aprender. Comecei então o curso presencial do método Maron ( uma vez por semana, durante três meses) com a professora Márcia Beatriz Britto,  sob a supervisão da professora Deborah Botelho, com quem iniciei o estudo da velocidade, em dezembro de 2008, uma vez por semana.  Fomos juntas até a velocidade de 70 (em junho de 2009).  Mas, por motivos relacionados à rotina de casa (tenho 2 filhos pequenos), não consegui dar continuidade às aulas. Durante este período sempre utilizei para estudo em casa o material disponibilizado no site do professor Waldir.
Quando parei com as aulas, passei por um período de desmotivação, mas a fascinação pela taquigrafia não me deixou parar de estudar, e de modo bem tímido continuei estudando para não perder o que havia aprendido, esperando o dia de voltar para as aulas de velocidade. Os dias foram passando e ia ficando cada vez distante o tão esperado retorno às aulas.  Foi quando mandei um e-mail para o professor Paulo Xavier da Taquibrás, falando de minha ansiedade. E, em seguida, para o professor Waldir. E o que obtive como resposta dos mestres me motivou a tentar avançar na velocidade, mesmo sozinha. E que alegria !!! Estou conseguindo. Com a supervisão e orientação do professor Waldir e as dicas do professor Paulo Xavier, sigo na conquista da velocidade, já estou taquigrafando ditados de 80 palavras por minuto!!!
A minha rotina de estudo é tanto quanto louca rsrsrs.
Acordo às 5h, sigo estudando cópias e ditados e traduções até às 6h30, quando paro para tomar um café e arrumar as crianças para escola.  Retorno ao estudo de cópias e ditados e traduções por volta das 9h (depois de levar as crianças para escola e dar jeitinho na casa) sigo então até às 10h30, quando paro novamente me envolvendo com os afazeres da rotina de casa (preparar almoço, buscar as crianças na escola e outros afazeres) e só retorno novamente ao estudo depois das 15h ou 16h, após orientar o meu filho no dever de casa.  Então me dedico aos taquigramas ( seguindo o estudo em forma de rodízio, indicado pelo professor Waldir) e cópias (faço pelo menos 1 de 5 min)- aí é uma loucura, vou taquigrafando entre um "Mãe me dá? Mãe eu posso? Mãe eu quero? Mãeee Ana pegouuuu!!! Mãeee Pedro implicouuu!!!",  vou seguindo até não dar mais e então me entrego aos apelos das crianças.  E, lá pelas 22h, depois que a turminha cai no soninho dos anjos, procuro refazer os taquigramas vistos anteriormente e faço pelo menos mais uma cópia antes de me entregar ao descanso merecido.
Não posso deixar de falar do grande apoio, incentivo e ajuda do meu marido que vibra comigo a cada etapa vencida.
O meu muito obrigada a todos os que vêm me apoiando neste caminho (familiares, mestres, amigos). Espero, em um futuro não muito distante, poder compartilhar com todos a alegria de ser aprovada em um concurso público para taquigrafia.




FABIANA DUARTE
(Método Maron)
Aluna do Curso de Taquigrafia On-Line
9º lugar no concurso para o TJMG,
realizado no dia 23 de agosto de 2009.


       
          Desde que meu marido foi transferido e nos mudamos de Belo Horizonte pra Salvador, em 2006, eu comecei a estudar para concursos. Em 2007 ele foi transferido novamente para BH. Na mesma época, veio o edital para concurso do TJMG com cargos de nível médio e terceiro grau, incluindo o cargo de taquígrafo. Pensei: vou fazer esse concurso! Mas o que é taquigrafia...?! Tenho que saber, pois tem uma "tal" prova prática...
         E comecei a procurar na internet. Encontrei o site “taquigrafia.emfoco”, com aulas, dicas, tudo que era necessário para aprender taquigrafia e fazer o concurso! E foi aí que a taquigrafia entrou na minha vida! 
Paixão à primeira vista! Fiz todos os exercícios, segui todos os passos. Estudei umas 6 horas por dia, todos os dias. Mas, para o concurso que prestei à época (TJMG) não foi possível passar, pois até a data da prova não tinha adquirido a velocidade necessária. 
        Pois continuei no caminho. Estudei, treinei, taquigrafava textos, jornais televisivos, entrevistas, todos os dias. Entrei em contato, algumas vezes, via-e-mail, com o professor Waldir  e o professor Paulo Xavier. Principalmente quando surgiu o concurso da ALMG. Fiquei muito apreensiva, pois algumas pessoas me diziam que não conseguiria passar num concurso só com aulas pela internet. 
        Mas eu estava tão avançada na velocidade!  Será que não conseguiria passar simplesmente porque o meu professor me dava aula a distância? Foi aí que o professor Paulo Xavier, da Taquibrás, me aconselhou a que eu ficasse tranquila e continuasse me esforçando, porque era plenamente viável alguém aprender taquigrafia pela Internet, ainda mais da forma como o curso foi organizado no site do professor Waldir.
         Fiz a prova, fui bem! Porém, fiquei nervosa durante a prova, tremi muito e, principalmente, a velocidade que eu tinha ainda não era suficiente para ser bem sucedida no teste. Então meu sonho foi adiado. 
         Agora sinto esse sonho bem mais próximo de se tornar real. No último concurso do TJMG, realizado em 23 de agosto de 2009, foram disputadas duas vagas para o cargo de taquígrafo. Foram apenas 17 classificados; fiquei em 9º lugar! O que pra mim foi uma vitória imensa! Agora estou na torcida para ser chamada! 
        Gostaria de aproveitar este espaço para agradecer ao professor Waldir. Pois foi através dele e dos seus ensinamentos que eu consegui me classificar nesse concurso e, quem sabe, me tornarei uma taquígrafa do TJMG? 
        A certeza que eu tenho é que a taquigrafia chegou à minha vida pra ficar! E outros concursos virão e estarei cada vez mais preparada!
        Boas-vindas aos iniciantes e persistência aos que ainda não alcançaram seus objetivos! Eu ainda persisto! Abraço!

Texto taquigrafado pela Fabiana




prof.ª Marly Wassmansdorff
Professora Marly Wassmansdorff
(Método de taquigrafia Fernando Moreira)

Sou descendente de portugueses e casada com cidadão alemão.   Nasci em Florianópolis - Capital de Santa Catarina, mas moro com minha familia em Curitiba - desde a idade de 11 anos.
Certo dia, quando tinha 9 anos de idade, fui com minha mãe a um cartório, quando percebí um senhor escrevendo em uma máquina de escrever, sem olhar para o teclado e muito rápido.  Admirando a facilidade dele em bater à máquina, falei para minha mãe que gostaria também de aprender a escrever rápido como aquele senhor.   Ela respondeu-me que, para bater rápido, eu não poderia olhar para as letras, na hora de bater nas teclas.
Quando completei 11 anos fomos morar em Curitiba, onde fui matriculada no Colégio São José, para fazer o Curso Comercial Básico, equiparado ao Curso Ginasial.  Esse curso tinha matérias extras, dentre elas a DATILOGRAFIA  e a TAQUIGRAFIA.
Exultei de alegria, pois meu sonho estava se tornando uma realidade.  Foi uma grande luz em minha vida, tal era minha alegria, ao estudar essas duas disciplinas.    Senti que haveria de dedicar a minha vida inteira ao ensino da DATILOGRAFIA  e TAQUIGRAFIA.
Aos 15 anos completei o Curso e consegui o Diploma de Auxiliar de Escritório, conferido pelo Colégio São José.  Logo após, comecei a dar aulas particulares de DATILOGRAFIA e TAQUIGRAFIA  em minha casa.
Em 196l, escreví um MÉTODO DE ENSINO DE DATILOGRAFIA COM A TÉCNICA DE RITMO, técnica esta, que permite uma escrita rápida e corretamente em poucas HORAS/AULA, seguido do ensino simultâneo da TAQUIGRAFIA.  No mesmo ano, ainda em Curitiba, abri oficialmente uma Escola de Datilografia e Taquigrafia, dando o nome de RECORD, onde fui Diretora e Professora durante 31 anos, registrada na SEED, sob nº 638.
Em 1993, fechei a Escola, mas continuei com minhas aulas particulares.
O método de TAQUIGRAFIA, por mim empregado para o ensino, é o do  Professor Fernando Moreira, sendo de fácil assimilação, podendo ser ensinado até para crianças. Compõe-se de 27 sinais silábicos, (silabário), vocalizações, terminações  e taquigramas.  
Recentemente, elaborei uma Apostila de Taquigrafia  em três MÓDULOS, através de pesquisa do original do Profº  F.Moreira, onde adaptei frases próprias para cada exercício, visando a possibilidade de se conseguir uma maior velocidade TAQUIGRÁFICA.
Ao comentar com amigas e conhecidas sobre a maravilha da TAQUIGRAFIA, suas vantagens e conseqüente realização profissional, sinto nelas um despertar de interesse para estudarem TAQUIGRAFIA.  Eu  as incentivo muito e digo que,  para começar a estudar, não existe idade, pois o espírito e o intelecto não têm idade para aprender e para trabalhar, o que vale é a vontade e a alegria de estudar, de aprender, de pesquisar e de passar para frente o que aprendeu, ensinando, comunicando as suas experiências e estimulando outras pessoas a sentirem esses benefícios.
Na minha opinião, o aprendizado da Taquigrafia também na 3ª idade é gratificante e muito interessante. 
Vale a pena  aprender e ensinar  TAQUIGRAFIA. Além de gostar muito de taquigrafar,  prefiro muito  mais  ensinar,  pois o "ensinar" para mim é uma realização.
O curso de Taquigrafia para crianças poderá ser mais lento do que para adultos. Elas adoram aprender e as aulas tornam-se muito divertidas e alegres.
No momento encerrei minhas aulas no Brasil, pois estamos de mudança definitiva para Portugal e espero continuar lá o curso de Taquigrafia.
Estou feliz de ter conhecido o profº Waldir Cury, pois através de seu Site, tive a oportunidade de entrar em contacto com todas as pessoas interessadas em Taquigrafia, como as que já são apaixonadas por ela,  como eu.
A todos que estão lendo esse  depoimento, e quiserem entrar em contacto comigo no Brasil ou em Portugal  (iremos para Portugal em maio), estarei à disposição, para prestar  qualquer esclarecimento que estiver ao meu alcance, em relação à taquigrafia.
Aqui vai o meu grande abraço taquigráfico a todos  e uma MENSAGEM:

"NÃO TENHAM MEDO DE ESTUDAR, pois o  "SABER E O APRENDER" não ocupam  LUGAR  em nossas  vidas , eles  só  nos  trazem : "ALEGRIA E REALIZAÇÃO".

E-MAIL: mrosaw@hotmail.com

Curitiba,  24 de janeiro de 2006.

Marly Zenaide Rosa Wassmansdorff

 


 

LIZETE DE ALMEIDA CASTRO (DF)

(MÉTODO MARTI)


“A Taquigrafia faz parte da minha vida desde muito cedo, porque meu pai tinha escola dessa maravilhosa técnica de escrita rápida, pelo método MARTI, e também de Contabilidade, em Belém do Pará. Era engenheiro-agrônomo, porém dedicou-se ao magistério.

Costumo dizer que já nasci “enrolada” nos sinais: ainda cursando a Escola Normal, ajudava, nas aulas, o meu pai, que era registrado como professor pela antiga Organização Taquigráfica Brasileira, sediada no Rio, e a representava no Pará. Com o seu falecimento tão precoce, aos 47 anos, eu o substituí. Acostumei-me a escrever taquigraficamente até minha agenda e confesso que não gosto nada quando tenho de escrever de forma convencional.

Adquiri prática taquigrafando aulas e, no meu curso de Direito na UnB - Universidade de Brasília -, atendia a colegas, dando-lhes as traduções. Eu não rejeitava trabalho taquigráfico: seminários, conferências, encontros, congressos, cursos de secretariado no SENAC e em escolas públicas, como o Colégio Estadual “Magalhães Barata”, enfim, aulas particulares e serviços em escritórios de advocacia. Como esteno-datilógrafa, desempenhei função no Departamento de Contabilidade em The Texas Co., mas logo ocupei o cargo efetivo de Taquígrafo-chefe do Tribunal de Contas do Pará e também firmei contrato como taquigrafa da Câmara Municipal de Belém. Com pouco mais de 20 anos de idade, já trabalhava arduamente porque tinha o objetivo de estabelecer-me profissionalmente como taquígrafa.

Com essa variedade de empregos, fui incentivada a inscrever-me no concurso público do Senado Federal, em 1963, e, aprovada, ali permaneci até aposentar-me. Em Brasília, convidada pelo CEAG ( Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa), ministrei curso de Taquigrafia em Boa vista (RR). Realizei muitos apanhamentos taquigráficos ao vivo, às vezes em equipe, para congressos dentro e fora da Capital Federal, contratada ainda pela Fundação “Cabo Frio”, no Itamaraty, pelo Conselho Federal da OAB, pelos Tribunais de Contas do Brasil etc.

CURIOSIDADES

Logo que assumi no Senado, presenciei uma triste cena que me fez pensar em regressar para minha terra natal: estava taquigrafando numa sessão plenária, com debates acalorados, quando o ex-Senador Arnon de Mello, pai do ex-Presidente Fernando Collor de Mello, sacou do revólver e atirou em seu desafeto, o ex-Senador Silvestre Péricles. A bala atingiu o suplente de Senador, pelo Acre, Kairala José Kairala, que havia assumido alguns dias antes. Infelizmente, o atingido, que nada tinha com a história, faleceu. O pânico foi geral e eu e o colega que me renderia no apanhamento nos atiramos, num instinto desesperado de conservação, para debaixo da mesa, como se fosse uma trincheira; do outro lado, os revisores saíam, se arrastando, do plenário. Desde então, foi proibido aos parlamentares ingressarem armados no edifício do Congresso Nacional.

De outra feita, quando eu também exercia a profissão de jornalista, fui credenciada pelo Poder Executivo para integrar a equipe que faria cobertura de duas viagens internacionais de ex-Presidentes da República. Numa delas, eu estava no palanque destinado à imprensa e, com meu bloco de papel e lápis, concentrada, anotava declarações das autoridades. À minha volta, naquele burburinho, dezenas de aparelhos de gravação eram colocados quase na boca dos entrevistados. Ao final, traduzi minhas notas e, antes de enviar a reportagem através da ASAPRESS, alguns colegas receberam minha ajuda, pois não entendiam o que estava gravado, em virtude dos ruídos.

Em outra ocasião, no Governo Fernando Henrique Cardoso, 16 digitadores não conseguiram atender à iniciativa do Grupo Estado, de São Paulo, e do Portal Terra, para colocar, pela primeira vez, na internet, on line, uma entrevista presidencial. Então, 4 taquígrafos (inclusive eu) foram chamados para o trabalho, rapidamente concluído, “realizado com sucesso”, consoante o relato da Agência Estado, no dia 7 de junho de 2000.

Diante disso, vale dizer que o serviço taquigráfico convencional, com apanhamento manual e tradução em seguida, continua sendo, na minha opinião, o mais rápido e perfeito, agora com o auxílio dos excelentes recursos da tecnologia de sonorização, digitalização e outros oferecidos pela informática, embora sejamos forçados a admitir que ainda não se pode realizar esse trabalho em tempo real. Hoje, usam-se muito os termos “tempo real”, “on-line”, “closed caption” etc., passando a idéia de que a tradução e a apresentação da palavra falada em forma escrita é feita ao mesmo tempo em que o orador a pronuncia. Infelizmente, isto ainda não é possível, mesmo com os últimos softwares de reconhecimento de voz, que se mostram ineficazes quando os pronunciamentos ocorrem em alta velocidade ou há variações na intensidade, tonalidade ou outros componentes da voz humana.”

WEBSITE DA LIZETE: http://www.lizetecastro.com

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