Victor Tavares
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PERGUNTAS FREQÜENTES - III

Prof. Waldir Cury
Prof. Waldir Cury

Há uma série de perguntas que costumo ouvir, quer dos alunos, quer dos que desejam aprender taquigrafia, quer das pessoas que têm apenas curiosidade no assunto. Seguem as perguntas e as respostas. Caso o leitor tenha também dúvida sobre algum ponto, não hesite, escreva-me um e-mail e faça a sua pergunta. Terei o maior prazer em respondê-la.

 

  1. Quais os critérios para correção da prova de taquigrafia?
  2. Quantos sinais convencionais um método de taquigrafia deve ter? Há algum limite?
  3. Qualquer pessoa pode criar "sinais convencionais", ou só os taquígrafos experientes?
  4. Uma criança pode aprender taquigrafia?
  5. Para lecionar taquigrafia uma pessoa precisa ter velocidade taquigráfica, ou estar trabalhando como profissional da área? Um taquígrafo aposentado pode lecionar?

     1. Veja abaixo exemplos de critérios de correção da prova prática de taquigrafia, em quatro instituições..


TJDFT / 2003 / CESPE

9.1.7 Critérios de correção da prova prática de Apanhamento Taquigráfico:

9.1.7.1 Será considerado para cada palavra omitida, acrescida ou substituída:

a) com alteração de sentido = 1 erro;

b) sem alteração de sentido = 0,5 erro.

9.1.7.2 Os erros de Língua Portuguesa serão descontados conforme o tipo e

os valores discriminados a seguir:

a) ortografia = 0,5 erro cada;

b) pontuação = 0,5 erro cada;

c) colocação de pronomes = 0,5 erro cada;

d) regência e crase = 1 erro cada;

e) concordância verbal ou nominal = 1 erro cada;

f) em caso de palavra erroneamente grafada repetidas vezes, será computado

1 erro uma única vez.

9.1.7.3 Será eliminado o candidato que obtiver NAT menor que 2,5 pontos.

9.1.7.4 Se NAT for negativa, será considerada NAT = 0.

9.1.7.5 A prova prática de Apanhamento Taquigráfico não poderá
ser assinada, rubricada ou conter, em outro local que não seja a capa da pasta
(fornecida no ato da identificação), qualquer palavra ou marca que a identifique,
sob pena de ser anulada.


TRE / RN - FCC-2005

4.3 A correção da prova será efetuada com base no texto digitado,

conforme os seguintes critérios: a) não havendo erro – nota 10

(dez); b) de zero a cinco erros (inclusive) – nota 9,50 (nove vírgula

cinqüenta); c) de cinco (exclusive) a dez erros (inclusive) – nota

9,00 (nove); d) de dez (exclusive) a dezesseis erros (inclusive) –

nota 8,50 (oito vírgula cinqüenta); e) de dezesseis (exclusive) a

vinte e dois erros (inclusive) – nota 8,00 (oito); f) de vinte e dois

(exclusive) a vinte e oito erros (inclusive) – nota 7,50 (sete vírgula

cinqüenta); g) de vinte e oito (exclusive) a trinta e quatro (inclusive)

erros – nota 7,00 (sete); h) de trinta e quatro (exclusive) a quarenta

erros (inclusive) – nota 6,50 (seis vírgula cinqüenta); i) de quarenta

(exclusive) a quarenta e oito erros (inclusive) – nota 6,00 (seis); j)

de quarenta e oito (exclusive) a cinqüenta e três erros (inclusive) –

nota 5,50 (cinco vírgula cinqüenta); l) mais de sessenta erros – nota

1,00 (um).

4.4 Critérios para contagem de erros:

- palavra omitida, acrescida ou substituída, sem alteração de

sentido: 0,5 (zero vírgula cinco) erro;

- palavra omitida, acrescida ou substituída, com alteração do

sentido: 1 (um) erro;

- os erros de palavras, desde que conseqüentes, serão contados

uma única vez (por exemplo, se o texto diz "... um escolar" e o

candidato escreveu "... uma escola", o erro será contado uma

única vez por conseqüente);

- palavras soltas, erradas, sem formar sentido: 1 (um) erro por

palavra;

- no caso de concorrência de erros (por exemplo, omissão de 5

(cinco) palavras e substituição por 3 (três) erradas, computar-se-á

o número maior de erros.

4.5 Os rascunhos não serão considerados, em hipótese alguma.

5. O candidato não habilitado será excluído do Concurso.


STF

EDITAL N.º 1/99 – STF, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999

10.8 Critérios de correção da prova de apanhamento taquigráfico:

10.8.1 Será considerado para cada palavra omitida, acrescida ou substituída:

a) com alteração de sentido = 1 (um) erro;

b) sem alteração de sentido = 0,5 (meio) erro.

10.8.2 Os erros de Língua Portuguesa serão descontados conforme o tipo
e valores discriminados a seguir:

a) ortografia = 0,5 (meio) erro cada;

b) pontuação = 0,5 (meio) erro cada;

c) colocação de pronomes = 0,5 (meio) erro cada;

d) regência e crase = 1 (um) erro cada;

e) concordância verbal ou nominal = 1 (um) erro cada;

f) em caso de palavra erroneamente grafada repetidas vezes, será computado
1 (um) erro 1 (uma) única vez.

10.8.3 Será eliminado o candidato que obtiver NAP menor que 4,5 (quatro vírgula
cinco) pontos.

10.8.4 Se NAP for negativa, será considerada NAP = 0.

10.8.5 A prova de apanhamento taquigráfico não poderá ser assinada, rubricada
ou conter, em outro local que não seja a capa do texto definitivo, qualquer palavra
ou marca que a identifique, sob pena de ser anulada.

10.9 Todos os cálculos citados neste item serão considerados até a segunda
casa decimal, arredondando-se para o número imediatamente superior,
se o algarismo da terceira casa decimal for igual ou superior a 5 (cinco).

10.10 Demais informações a respeito da prova prática de apanhamento taquigráfico
constarão do edital de convocação para esta fase.


CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS E FORMAÇÃO DE

CADASTRO DE RESERVA EM CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVEL MÉDIO

EDITAL N.º 1/2005 – CLDF, DE 26 DE OUTUBRO DE 2005

11.6 DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA A PRÁTICA DE APANHAMENTO

TAQUIGRÁFICO

 

11.6.1 Será considerado para cada palavra omitida, acrescida ou substituída:

a) com alteração de sentido = 1 erro;

b) sem alteração de sentido = 0,50 erro.

11.6.2 Os erros de Língua Portuguesa serão descontados conforme o tipo e os valores discriminados a seguir:

a) ortografia = 0,50 erro cada;

b) pontuação = 0,50 erro cada;

c) colocação de pronomes = 0,50 erro cada;

d) regência e crase = 1 erro cada;

e) concordância verbal ou nominal = 1 erro cada;

f) em caso de palavra erroneamente grafada repetidas vezes, será computado 1 erro uma única vez.

11.6.3 Será eliminado o candidato que obtiver NAT menor que 5,00 pontos.

11.6.4 Se NAT for negativa, será considerada NAT = 0,00.

11.7 A prova prática de Apanhamento Taquigráfico não poderá ser assinada, rubricada ou conter, em outro local que não seja a capa da pasta (fornecida no ato da identificação), qualquer palavra ou marca que a identifique, sob pena de ser anulada.

11.8 Demais informações a respeito da prova prática de apanhamento taquigráfico constarão do edital de convocação para essa fase.

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    2. Às vezes chamados de "abreviações", ou "taquigramas", os sinais convencionais são sinais especiais simplificados, que abreviam a escrita taquigráfica de modo tão sintético que geram uma fantástica "economia gráfica". Essa "economia gráfica" tem como conseqüência direta um aumento significativo na velocidade taquigráfica! A evolução de um sistema de escrita sempre busca a simplificação, a economia e a agilidade. Os métodos de taquigrafia, em geral, são compostos de três partes: os sinais básicos, os sinais terminais e iniciais especiais e os sinais convencionais. Embora a taquigrafia seja um sistema abreviado de escrita, o uso apenas dos "sinais básicos" não é suficiente para dar a fluidez necessária para uma escrita rápida. Os autores dos métodos, então, acrescentam os "sinais terminais e iniciais especiais". Desta forma, para a terminação "bilidade", haverá um sinalzinho especial. Do mesmo modo, para "mente", para "vel", para "velmente" etc. Mas os sinais terminais e iniciais especiais ainda não resolvem o problema primordial da taquigrafia, que é uma grande rapidez na escrita. Sentiram, então, os autores de métodos e sistemas de taquigrafia a necessidade de inventar sinais especiais bem reduzidos para palavras, termos e frases muito usadas pelo taquígrafo. São os "sinais convencionais". Ora, se os "sinais convencionais" geram uma prodigiosa "economia gráfica", que, por sua vez, proporciona ao taquígrafo um aumento na fluidez e na velocidade taquigráfica, não há como impor limites ao uso dos sinais convencionais. Pelo contrário, quanto mais "sinais convencionais", melhor, maior economia gráfica haverá e, conseqüentemente, mais rápido será o apanhamento taquigráfico! Veja, no quadro abaixo, exemplo de economia gráfica dos SINAIS CONVENCIONAIS (TAQUIGRAMAS).

Exemplos de economia gráfica dos sinais convencionais.

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    3. Para criar sinais convencionais, é necessário um bom conhecimento do método, pois alguns cuidados devem ser tomados. Um aluno adiantado, que já exerça um domínio completo do método,pode usar a sua criatividade para a criação de novos taquigramas (sinais convencionais). Vários alunos já me apresentaram taquigramas inventados por eles que foram aproveitados por mim e hoje fazem parte da listagem de taquigramas do método Maron. Quando se cria um taquigrama, basicamente há dois aspectos importantes a considerar: 1) saber se realmente há uma economia gráfica. 2) procurar ver se o taquigrama criado não poderá criar confusão com outra palavra na hora de traduzir. O primeiro item é relevante, porque não havendo economia gráfica não vale a pena a criação de um novo taquigrama. Isto é óbvio. O segundo item é muito importante, é importantíssimo! Sempre que for criado um taquigrama é preciso ver, refletir, testar, para saber se haverá confusão na hora de traduzir. Para exemplificar: digamos que você resolva criar um taquigrama para a palavra "competência" e o taquigrama criado foi "compe". À primeira vista, ficou ótimo, haverá uma substancial economia gráfica. Mas ao analisar melhor, você vai constatar que o taquigrama criado ficou igual à palavra "campo". Na hora da tradução, como você vai traduzir? "por campo..." ou "por competência..."? Neste caso, para fazer a distinção, você poderá colocar um ponto no taquigrama, ou seja, em "competência". Mas há um caso em que há coincidência - mas não haverá confusão na hora da tradução (e, neste caso, a criação do taquigrama é viável!). É quando o taquigrama criado é igualzinho ao sinal taquigráfico de outra palavra, mas uma é substantivo e outra adjetivo, uma adjetivo, outra verbo, e assim por diante, ou seja, pertencem a categorias gramaticais diferentes. Por exemplo, no método Maron, a palavra "faria" é um traço vertical (som do f) com um ponto embaixo (som do "ria") ( ! ). Este mesmo sinal é taquigrama para "inferior" ( ! ). Neste caso, embora sejam iguais, não haverá confusão na hora da tradução, já que um é verbo, o outro, adjetivo.


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       4. Sim, uma criança pode aprender taquigrafia, do mesmo modo que aprende a grafia comum. Já diz o ditado: o saber não ocupa lugar. E uma criança que aprende as duas grafias certamente estará adquirindo duas habilidades que lhe trarão vantagens inestimáveis para a vida inteira. Na antiga Roma, houve época em que se aprendiam as duas grafias: a escrita comum e as Notas Tironianas (a taquigrafia da época). A História narra que o rei Augusto, que era taquígrafo, "ensinava os seus netos a ler e a escrever nas Notas Tironianas". O ensino da taquigrafia para crianças deve ser suave e principalmente lúdico, com joguinhos, desenhos, exercícios para correlacionar, etc. As palavras usadas devem fazer sentido e soar naturais para a criança, ou seja, deve-se usar um vocabulário familiar para o aprendizado dos sinais. Palavras que tenham um significado efetivo (e afetivo) para a criança, dentro da sua realidade lingüística. O interessante é fazer a criança sentir que está desenhando pequenos sinais (grafia) que representam determinados sons. Ensinar taquigrafia a uma criança é dar asas à imaginação: a criança tem um cachorrinho chamado totó. Vamos ver, então, como é o nome do seu cachorrinho em taquigrafia. Pedir que ela taquigrafe o nome do cachorrinho....e assim por diante. Pode-se dar para a criança uma frase escrita em taquigrafia. Nesta frase está faltando uma palavra, exatamente onde estão os pontinhos. A criança deverá escolher uma das três opções dadas. Ex.: Eu gosto muito do meu gatinho. Ele se chama............. (Opções: totó, mimi, Paulo). Enfim, como diz José Juvêncio Barbosa, no livro "Alfabetização e Leitura", na página 128: "O processo de aprendizagem é composto, antes de tudo, de momentos de experiência ou familiarização, intercalados por momentos de sistematização, voltados para a observação, comparação, dedução etc. O papel do professor nos primeiros momentos da aprendizagem não se resume a transmitir conhecimento; seu papel é o de criar situações significativas que dêem condições à criança de se apropriar de um conhecimento ou de uma prática."
Veja abaixo um exemplo interessante de aprendizado da taquigrafia por uma criança. A Larissa, 6 anos de idade, filha da taquígrafa Lara e do Vinícius, chefe da Taquigrafia da Câmara dos Deputados.

            


Esta é a minha segunda lição de taquigrafia.
A Larissa é neta do prof. Paulo Xavier, diretor da Taquibrás. Mais conhecida por "Issa" ou "Cissa", tem 6 anos de idade. Freqüenta o Jardim 3 no Colégio Mackenzie, em Brasília. Tem aulas de balé, natação e às vezes desfila como modelo infantil. Brinca com suas bonecas e pratica joguinhos na internet. Adora ler. Ao lado, o seu caderno de taquigrafia com os exercícios da segunda lição.

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            5. Para lecionar taquigrafia não é imprescindível ter velocidade taquigráfica. É preciso, sim, conhecer bem o método e saber transmitir a teoria, as regras do método de maneira clara e correta. A minha professora, por exemplo, a Dona Conceição Ballalai, não trabalhava como taquígrafa profissionalmente, nem tinha grande velocidade taquigráfica, mas conhecia o método Maron profundamente. Conhecia cada detalhe. Suas explicações eram muito claras e não havia dúvida dos alunos que ela não soubesse responder. Sabia fazer a marcação dos textos para ditado, sabia cronometrar e fazer ditados de modo muito preciso. E tinha o principal: uma paixão pela taquigrafia e pelo ensino da taquigrafia! Fui tão bem preparado por ela que no concurso para taquígrafos da Alerj, com mais de 1.600 candidatos, eu tirei o primeiro lugar. Esta é a prova incontestável de que para lecionar taquigrafia não é preciso ser taquígrafo profissional nem ter velocidade taquigráfica.
Quanto ao taquígrafo aposentado, sim, ele pode lecionar. E deve! Que ótimo seria se todo taquígrafo aposentado começasse a lecionar taquigrafia, principalmente aqui no Brasil, com esta carência de professores de taquigrafia. Um taquígrafo aposentado poderá repassar aos alunos toda a experiência adquirida na profissão, principalmente no que se refere a alguns "macetes", "recursos" e "artifícios" que todo profissional da escrita veloz costuma criar para si.

  

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